O primeiro jantar de Estado oferecido por Donald Trump desde sua posse como presidente dos Estados Unidos, em janeiro de 2016, fez jus ao título dele de único bilionário eleito presidente do país: somadas as fortunas de todos os membros do clube dos dez dígitos presentes no evento que teve como palco a residência oficial na noite da última terça-feira, a conta passava dos US$ 132 bilhões (R$ 460,8 bilhões), já considerados os US$ 3,1 bilhões (R$ 10,8 bilhões) do anfitrião. Aos nomes: o barão da mídia Rupert Murdoch, o poderoso de Wall Street Stephen Schwarzman, o fundador da FedEx Fred Smith e o magnata dos cosméticos Ronald Lauder eram alguns dos bilionários que estavam lá.
Os convidados de honra, é claro, foram o presidente da França Emmanuel Macron e sua mulher, Brigitte Macron, que se deliciaram com pratos preparados por chefs presidenciais que raramente trabalham, já que o republicano vive de “junk food”. O menu incluía cordeiro à primavera e jambalaya, uma espécie de paella feita com “andouille” (tipo de chouriço francês) que é bastante comum nos estados americanos de Nova Orleans e da Louisiana, ambos com fortes raízes francesas.
As delícias foram servidas em porcelanas compradas durante os mandatos de Bill Clinton e George Bush (pai), com direito à música ao vivo da Washington National Opera e muito champagne (francês, bien sûr). Trump adorou tudo, exceto o fato de que o convidado mais rico do regabofe não era americano, mas sim o “rei do luxo” francês Bernard Arnault, dono de fortuna estimada em US$ 83,4 bilhões (R$ 291,1 bilhões) e – dos vestidos e smokings às bebidas servidas – principal “fornecedor” da recepção black-tie. C’est la vie. (Por Anderson Antunes)