O mais novo mistério envolvendo um russo aconteceu semanas atrás na Flórida. E olha que dessa vez Donald Trump, que agora reside permanentemente no estado americano, não se envolveu em qualquer tipo de confusão com algum conterrâneo suspeito de Vladimir Putin. A história é a seguinte: Dmitry Rybolovlev, um bilionário russo do setor de fertilizantes que tem estimados US$ 6,7 bilhões (R$ 35,9 bilhões) na conta, comprou recentemente uma propriedade residencial que estava há tempos listada nos classificados da Flórida e era a mais cara à venda por lá.
Seu antigo dono estava pedindo US$ 165 milhões (R$ 884,4 milhões) para fechar negócio, mas Rybolovlev conseguiu reduzir essa cifra para US$ 140 milhões (R$ 750,4 milhões). Mais do que isso, ele pagou esse montante em dinheiro, algo absolutamente incomum nos Estados Unidos, onde até mesmo os mais ricos recorrem aos financiamentos imobiliários em razão dos juros baixíssimos cobrados por esses tipos de empréstimos no país.
Localizado de frente pro mar e, coincidência das coincidências, não muito distante de Mar-a-Lago, o novo endereço fixo de Trump, o château de Rybolovlev tem quase 2 mil metros quadrados de área privativa e foi projetado pelo lendário arquiteto William M. Boyle do escritório Boyle Architecture. Detalhe: o oligarca optou por comprá-lo menos de 24 horas depois de visitá-lo, o que também não é tão normal assim e tem gerado muitos comentários entre os vizinhos dele.
Em tempo: essa não é a primeira vez que Rybolovlev se torna alvo de especulações, já que em 2017 um dos quadros mais caros de sua coleção – o icônico “Salvator Mundi” de Leonardo Da Vinci, leiloado pelo membro do clube dos dez dígitos há quase quatro anos pela soma recorde de US$ 450 milhões (R$ 2,4 bilhões), mas bem menos do que os US$ 95 milhões (R$ 509,2 milhões) que originalmente lhe custou – passou a ter sua origem questionada. Há quem diga que a obra foi assinada por um discípulo do gênio italiano, mas não pelo próprio. (Por Anderson Antunes)