Autor do lance de US$ 170,4 milhões (R$ 647 milhões) pela obra “Nu Couché” (Nu Deitado), um óleo sobre tela do italiano Amedeo Modigliani leiloado na semana passada pela Christie’s, o bilionário chinês Liu Yiqian deu um recado para o Ocidente durante uma entrevista para o “The New York Times” publicada nessa terça. “Nós já compramos seus prédios, suas empresas, e agora vamos comprar suas obras de arte,” ele disse, ao explicar que planeja levar para a China quadros, esculturas e afins para facilitar a vida de seus conterrâneos, “que não vão mais precisar viajar para fora do país para ver obras famosas”. Yiqian é o fundador do Long Museum, que têm duas unidades na China e abriga sua coleção de arte. Uma das unidades do museu será o novo endereço do Modigliani arrematado por ele.
Na mesma entrevista, Yiqian, que começou a carreira como taxista, admitiu que não vê o menor problema em ser chamado de “tuhao”, termo chinês equivalente ao “emergente social” da língua portuguesa (“Pelo menos sou um ‘tuhao’ que traz obras-primas para a China”), e que utilizou seu cartão American Express para pagar pelo Modigliani, com o intuito de ganhar pontos no programa de fidelidade da operadora de cartões de crédito e trocá-los por milhas aéreas. “Graças a essa compra eu e minha família vamos viajar de graça por um bom tempo”, Yiqian festejou. Que tal?
(Por Anderson Antunes)
- Neste artigo:
- Liu Yiqian,
- Nu Couché,
- The New York Times,