Bela Gil gostou de virar estilista. Depois do sucesso de sua parceria com o Cantão, a moça comemorou o repeteco da dobradinha essa quarta-feira, quando lançou a segunda coleção no endereço da marca no shopping carioca Rio Sul, em Botafogo. O must have? As peças com estampa de… Melancia! Uma homenagem a uma de suas receitas mais polêmicas e icônicas: o churrasco de melancia. Glamurama foi bater um papo com a chef/ nutricionista. Vem ler! (por Michelle Licory)
Glamurama: Como você alia a moda aos seus ideais de vida, aqueles que a gente vê refletidos no seu trabalho na cozinha?
Bela Gil: “Consumindo de uma maneira superconsciente. Acho que isso vem com a alimentação, de entender de onde vem, privilegiar produtos locais, entender a procedência, o tecido, a matéria-prima. É óbvio que não é tudo que a gente consegue comprar de acordo com os nossos ideais, assim como não dá para comer sempre em lugares que tem coisas bacanas”.
Glamurama: Você consome luxo? Tem, por exemplo, bolsas Louis Vuitton, Gucci, Prada?
Bela Gil: “Não, não tenho peça de luxo, Vuitton, Gucci, mas não sou contra. Eu sou muito a favor de comprar poucos e bons. A qualidade importa muito para mim. Eu não compro porque nada me agradou a ponto de desembolsar uma grana numa bolsa ou em uma peça que eu acho incrível. Não tenho nada contra. Se eu vir, eu vou comprar e amar”.
Glamurama: Você é filha de artista, irmã da Preta, que adora moda e marcas de luxo. Como é pra você essa questão de consumismo? Qual foi sua maior extravagância fashion?
Bela Gil: “Nunca fiz uma extravagância de moda. Tento ter um consumo mais consciente. A minha irmã declarou publicamente que teve problemas com o consumismo, algo desenfreado, mas agora ela mudou. Ela entendeu a importância do pouco e bom. Ela gosta muito de moda, de produtos de marcas internacionais, mas acho que é questão de gosto mesmo. Assim como ela prefere comer um hambúrguer e eu um churrasco de melancia”.
Glamurama: Você sempre soube se vestir ou foi uma conquista que veio junto com a fama?
Bela Gil: “Eu não sei o que é saber se vestir, mas sempre gostei de me sentir bem com o que estou vestindo. Talvez isso não esteja de acordo com que a moda tem como padrão de se vestir bem… Eu ia para a escola com uma meia de cada cor. Sempre fui muito autêntica, nunca fui muito de me preocupar com o que os outros iam dizer. Sempre gostei de ser quem eu sou. Passei muito tempo em Nova York, uma cidade superfashionista. Lá meu guarda-roupa saiu do floral e ficou mais com as cores de inverno. Voltei para o Brasil com vontade de usar estampas, cores. As pessoas começaram a me associar a cor, estampa”.
Glamurama: Já é sua segunda coleção com o Cantão. Que feedback você teve em relação à primeira coleção e o que fez a parceria ser renovada?
Bela Gil: “O feedback foi maravilhoso. As pessoas gostaram muito, acho que associaram o Cantão ao bem estar, a campanha era Viver Bem, então tinha tudo a ver. Era uma coleção muito alegre e deu certo. Resolvemos fazer essa segunda, que está incrível e estou apaixonada. Essa estampa da melancia é um mimo, é muito, muito fofa. Foi o sucesso que fez renovarmos”.
Glamurama: Qual sua dica para estar sempre com um look colorido, alegre, cheio de bossa e na medida certa, sem pesar a mão, mesmo combinando com um batom vermelho, por exemplo?
Bela Gil: “Acho que é não ter medo de ser feliz. É você colocar a roupa, se olhar no espelho e se sentir bem. E pronto, se joga! Não tenho receio de misturar. Obviamente pode dar errado, mas com prática você aprende. E não precisa ter milhões de peças no armário”.
Glamurama: Qual foi a maior saia justa “social” que fazer questão de uma alimentação saudável já te colocou?
Bela Gil: “Muitas vezes em jantares eu não consigo comer nada, então muitas vezes eu como antes de sair para jantar. Mas não me importo mesmo. Procuro o que posso comer, quando acontece de não encontrar, as pessoas se incomodam. Se sentem mal em não ter o que oferecer”.
Glamurama: Das gafes naturais quando você vai cozinhar pra alguém sem saber suas preferências, qual te deixou mais sem graça?
Bela Gil: “O Arlindo (Cruz) não comia nem pipoca, nem dendê, e eu fiz pipoca no dendê”
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