Bebel Gilberto fala sobre o novo disco que “vai tomar conta de sua vida”

Por Manuela Almeida

No dia do seu aniversário, Bebel Gilberto, que completa 48 anos nesta segunda, conversou com Glamurama sobre seu novo álbum, “Tudo”, produzido por Mario Caldato e com data de lançamento para o dia 19 de agosto pela Sony. Confira:

Por que “Tudo”?
O nome do álbum é em homenagem à música “Tudo”, cantada por mim e Adriana Calcanhoto. A ideia da canção foi minha, mas fizemos a letra juntas. Essa canção é  primeira parceria gravada de nós duas, então tem um valor muito grande.

Quais outros duetos você canta nesse CD?
Além desse dueto, gravei a música “Novas Ideias” com Seu Jorge e Gabriel Moura e “Areia” com Pedro Baby.

Qual é o tema do álbum?
É um disco eclético, para um público misturado. O álbum tem 12 músicas no total. Comecei a me dedicar ao CD em dezembro do ano passado. Agora acabei de masterizar e estou no processo de escolher capa de álbum.

Outra curiosidade sobre o disco?
Esse foi o primeiro CD que eu gravei integralmente em Los Angeles.

Como será a divulgação de “Tudo”?
Farei turnê no Brasil, na Europa… quero muita divulgação mundo afora. Esse disco vai tomar conta da minha vida pelos próximos anos. Mas antes disso, vou participar do [concerto] “Brooklyn Celebrate”, no Prospect Park, em NY, no dia 18 de julho. Estou ansiosa porque é meio que uma prova, tenho que me sair bem! É a primeira vez que eu canto nesse projeto e é um público cool, cheio de formadores de opinião, um pouco Coachella. É um “big deal”. Eu só estou no Brasil agora para ver a família e cantar para vocês, nesta terça, no espaço V House.

Em tempo: nascida em Nova York, mas de alma carioca –  Bebel foi criada em Ipanema -, a cantora de bossa nova, filha de João Gilberto e Miúcha e, de quebra, sobrinha de Chico Buarque, lançou carreira em 1986, com o seu primeiro álbum, “Bebel Gilberto”. A música “Preciso Dizer Que Te Amo”, da artista com Cazuza, garantiu o sucesso imediato do CD. Em 1991, a artista voltou para Nova York, fazendo shows em boates, no Lincoln Center e trabalhando com David Byrne e Arto Lindsay. Mas no mesmo ano, ela teve sucesso em terra brasileira, graças à sua participação no vocal da música “Fora da Ordem”, de Caetano Veloso.  

Subindo na escada da fama, Bebel lançou o hit “Technova/ La em Copacabana” em parceria com o DJ hype Towa Tei em 1996. Em 2000, ela lançou o álbum “Tanto Tempo” que garantiu a sua fama internacional de uma vez por todas – Bebel recebeu duas nomeações para Melhor Álbum de Música Popular Brasileira e Melhor Nova Artista no Grammy Latino. Bebel também ganhou espaço na indústria de cinema, participando de trilhas sonoras com as suas músicas “Tanto Tempo”, no filme “Perto Demais”, em 2004, e com “Samba Da Bênção”, escrita por Vinicius de Moraes, no longa “Comer, Rezar, Amar” em 201o. Dois anos depois, Bebel cantou a música “Samba de Orly”, de Chico Buarque, para o filme “Rio”. O seu último grande feito foi lançar o primeiro DVD, “Bebel Gilberto In Rio“, em 2013. “Foram dois anos de dedicação”, contou ao Glamurama.

* Para mais Bebel Gilberto, confira outra entrevista nossa com a artista aqui.