Álbum mais icônico do Nirvana, o “Nevermind” voltou a ser notícia nessa semana. E dessa vez por causa do bebê que estampa a capa do trabalho em estúdio lançado em 1991 por Kurt Cobain e companhia, Spencer Elden, hoje em dia um homem feito de 30 anos. Então fotografado com apenas quatro meses de vida e nu, nadando em busca de uma nota de um dólar, ele decidiu processar a banda alegando ter sido explorado sexualmente na infância, um crime que nos Estados Unidos pode resultar em penas de até 30 anos de prisão, e provavelmente convencido por algum advogado especializado em direitos de imagem que deve ter lhe procurado.
De acordo com o “TMZ.com”, que teve acesso aos documentos do processo que corre em um tribunal da Califórnia, Elden, que no passado já deu entrevistas falando sobre a “honra” de ter participado de um momento tão importante para o rock, pode até ter um caso em mãos, já que seus pais aparentemente também não autorizaram formalmente seus cliques como veio ao mundo em tão tenra idade.
O mais provável, no entanto, é que um acordo fora dos tribunais seja selado, uma vez que em sua reclamação judicial Elden pede uma indenização de aproximadamente US$ 150 mil (R$ 786 mil) para cada uma das oito pessoas ou entidades que acusa de exploração sexual: são elas Courtney Love (administradora do espólio de Cobain), Heather Parry (empresária do roqueiro morto em 1994, os produtores musicais Dave Grohl, Krist Novoselic e Guy Oseary, além da Warner Records, da Universal Records e do próprio Nirvana. (Por Anderson Antunes)