Deu ruim para Jaime Botín, membro da mais tradicional dinastia de banqueiros da Espanha. Acusado de retirar do país sem autorização um quadro assinado por Pablo Picasso, ele agora corre o risco de ser condenado a passar quatro anos atrás das grades e ainda ter de pagar uma multa de € 100 milhões (R$ 368 milhões), além de perder a obra, que poderá ser tomada pelo estado espanhol.
O caso remonta a agosto 2015, quando autoridades francesas da ilha de Córsega confiscaram o óleo sobre tela “Cabeça de Mulher Jovem”, do artista espanhol, que estava sendo transportado no iate de Botín e teria como destino final a Suíça. Avaliada em € 26 milhões (R$ 95,7 milhões), a tela foi declarada como tesourou cultural da Espanha meses antes e, portanto, não poderia ser exportada.
Nesta quarta-feira, um procurador espanhol pediu a condenação do bilionário, que é dono do banco espanhol Bankinter e cujo pai, Emilio Botín, foi o presidente e maior acionista do Santander. Enquanto o imbróglio não é resolvido, o quadro de Picasso está sob os cuidados do Museo Reina Sofía, que é uma instituição pública e deverá abrigá-lo permanentemente se o bilionário eventualmente perder a disputa judicial. (Por Anderson Antunes)
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