Autoridades dos EUA vão investigar registros dos voos feitos em aviões de Jeffrey Epstein nos últimos 20 anos

Epstein e um de seus jatinhos || Créditos: Reprodução

Se 2020 já estava sendo ruim para muitos empresários dos Estados Unidos que viram as receitas de seus negócios desabarem por causa da pandemia de Covid-19, imagina para aqueles que acordaram nessa terça-feira com a notícia de que procuradores das Ilhas Virgens Americanas decidiram analisar com lupa os manifestos de todos os voos feitos em aviões que pertenceram a Jeffrey Epstein e que aterrissaram por lá nos últimos 20 anos?

A medida faz parte de investidas recentes feitas por autoridades do país para tentar descobrir quem são os possíveis ricos e famosos que teriam participado das supostas orgias promovidas por Epstein, que teria se suicidado na cadeia no ano passado, em sua ilha no território ultramarino americano. Ele era acusado de ter orquestrado um esquema de pedofilia, que continua sendo investigado mesmo apesar de sua morte.

Bff de figurões de Wall Street, Washington e até de Hollywood, o falecido investidor costumava convidá-los com frequência para visitá-lo na propriedade, e nessas ocasiões oferecia seus jatinhos para trazê-los. Sabe-se que Naomi Campbell, Bill Clinton, Kevin Spacey e vários outros grandes nomes foram alguns deles, apesar de que isso não é indicativo de que eles sabiam dos supostos crimes atribuídos a Epstein.

Dono de um Gulfstream G550 de US$ 61 milhões (R$ 329,6 milhões) e de vários outros jatinhos do tipo, Epstein costumava chamar sua frota de “Lolita Express”, em razão das “festinhas” que também teria organizado a bordo de seus brinquedinhos aéreos, e sempre frequentadas por meninas menores de idade. Além de Clinton, aliás, outro que vivia voando às custas dele era o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II. (Por Anderson Antunes)

Sair da versão mobile