A pouca presença de atores negros nas produções de Hollywood é algo que custa à meca do cinema e da televisão mais de US$ 10 bilhões (R$ 56,5 bilhões) por ano, de acordo com um novo levantamento feito pela McKinsey. Segundo a consultoria americana, esse é o montante que a indústria de entretenimento dos Estados Unidos deixa de ganhar todos os anos por não ter mais representantes negros em seus filmes, séries de TV e afins, e com isso atrair a atenção de um público consumidor que cresce cada vez mais por lá. O arrasa-quarteirão “Pantera Negra”, aliás, exemplifica muito bem isso: o filme de 2018 com elenco, produção e direção formados majoritariamente por negros faturou quase US$ 1,35 bilhão (R$ 7,63 bilhões) nas bilheterias internacionais.
Ainda pelos números da McKinsey, esses produtos (que não incluem esportes e reality shows) geram receitas anuais de US$ 148 bilhões (R$ 836,5 bilhões) nos EUA, cifra que poderia ser aumentada em até 7% caso fossem mais focados na população negra no país. Frise-se que, de maneira geral, a população negra de lá gasta anualmente US$ 1,2 trilhão (R$ 6,78 trilhões) – quase o PIB do Brasil em 2020. (Por Anderson Antunes)