A atriz e produtora teatral Ruth Escobar morreu nesta quinta-feira, em São Paulo, aos 82 anos depois de longa batalha contra o mal de Alzheimer. Nascida em Portugal, Maria Ruth dos Santos Escobar sem dúvida foi uma das personalidades mais marcantes do teatro brasileiro. Em 1963 inaugurou a própria casa de espetáculos que, nos anos 1970, se tornou um dos locais mais importantes de manifestações contra o regime militar.
Lutou pelo direito das mulheres e, em 1978, fundou a Frente de Mulheres Feministas do Estado de São Paulo. Seus jantares, que reuniam atores, políticos e intelectuais em sua casa no Pacaembu – tempos depois no apartamento no Jardim Paulista -, eram concorridíssimos. A bancada tucana estava entre os habitués. O mesmo se repetia quando Ruth estava em Portugal.
Artistas e políticos lamentaram sua morte nas redes sociais:
“Todo respeito a esta grande atriz, pioneira e corajosa, que marcou com sua força, talento, determinação e falta de medo muitos momentos do teatro e da história brasileira. Vá em paz, amiga, lembrando seus inúmeros encontros feministas que tantos bons resultados trouxeram para as mulheres. Meu carinho aos seus filhos e netos” escreveu a senadora Marta Suplicy.
“Acho que o legado que ela deixa é esse amor, essa paixão que tinha pelo teatro, pelas pessoas, pela vida”, disse o ator Fúlvio Stefanini.
“Empresária, diretora, atriz maravilhosa, que nos deixou… Ruth Escobar é uma falta, uma falta imensa que você nos faz”, declarou o ator Juca de Oliveira.