Lançado em abril com a promessa de se tornar a Netflix dos smartphones, só para ser fechado seis meses depois, o Quibi rendeu prejuízos de pelo menos US$ 1,75 bilhão (R$ 945 bilhões) a seus principais acionistas – entre eles o magnata de Hollywood Jeffrey Katzenberg e a superexecutiva Meg Whitman.
A ideia da dupla, que tocou o projeto junto desde o comecinho, era convencer as pessoas que transitam nas ruas e em transportes públicos a checarem os vídeos originais publicados no aplicativo de streaming, e que nunca tinham mais do que dez minutos, enquanto iam de um lugar para outro (daí o nome Quibi, que vem de “quick bites”, que nesse caso se traduz como “espiadinhas” ou algo nesse sentido).
Não deu muito certo, em parte por causa da pandemia de Covid-19, que levou parte da população mundial a cumprir quarentena e, com tempo de sobra em casa, a consumir os produtos dos players tradicionais do segmento de streaming, como a própria Netflix.
Talvez por isso que Katzenberg tenha vendido, em março, uma mansão nababesca que tinha em Beverly Hills – o comprador foi o bilionário Jan Koum, cofundador do WhatsApp, que pagou US$ 125 milhões (R$ 674,9 milhões) pela propriedade. O executivo, no entanto, já tratou de comprar uma nova residência no mesmo bairro de Los Angeles, pagando “apenas” US$ 26,7 milhões (R$ 144,1 milhões).
Já Whitman, que fez fama como ex-CEO do eBay e da Hewlett Packard e construiu sozinha sua fortuna de US$ 4,9 bilhões (R$ 26,4 bilhões), tem grandes chances de ensaiar um revival como membro do governo em formação do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, como sua possível Secretária do Comércio. (Por Anderson Antunes)