Em quarentena no Guarujá, litoral sul de São Paulo, a empresária Emar Batalha criou a ONG “Alimentando o Bem”, projeto com o objetivo de distribuir 150 marmitas todos os dias. A ONG já conta com o cadastro de mais de mil pessoas – todas elas do bairro Perequê, um dos únicos redutos caiçaras da baixada santista e quem recebe são, na maioria, família de pescadores, já que a pesca é a principal atividade local, todas com mínimos recursos e grandes necessidades básicas de alimentação e higiene.
Devido à pandemia do Coronavírus, a maioria dessas pessoas está em situação de desemprego. Segundo estimativas locais, mais de 1,5 mil pessoas dependem da pesca na região. Além disso, muitas delas também foram vítimas do desastre provocado pela chuva no Guarujá no início do ano que deixou 400 famílias desabrigadas.
“Muitas dessas pessoas que recebem a marmita tem essa como a única refeição do dia. Geralmente, as grandes ações sociais são feitas nas metrópoles do País. Ninguém olha para cidadezinhas que precisam tanto e são cheias de carências”, explica Emar, que é vizinha de várias comunidades carentes na área.
Mas a ONG ‘Alimentando o Bem’ vai muito além das marmitas. O projeto tem planos de capacitar pessoas desempregadas. “Estamos montando uma sede onde teremos cursos de cabeleireiro, panificação, cerâmica, culinária, etc. Todos os cursos serão ministrados por profissionais voluntários. O Brasil vai enfrentar uma grande crise social pela frente, tenho certeza que essa vertente da ONG vai poder ajudar muita gente”, explica a empresária.
No começo de março, Emar contraiu a Covid-19: “A doença e a quarentena só adiantaram sonhos antigos que misturam gastronomia e solidariedade”.
A ideia é que o projeto cresça e possa migrar para outros lugares e ter até outras vertentes. “Escolhi este nome, Alimentando o Bem, para que essa ideia possa se tornar uma verdadeira rede de solidariedade e possa levar esperança, conforto e ajuda para muitas pessoas”, finaliza a empresária.
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