Considerado durante décadas um dos homens mais poderosos de Hollywood, o superexecutivo Les Moonves cogita processar a rede de televisão americana “CBS”, que comandou entre julho de 1995 até setembro deste ano, quando se viu forçado a abrir mão do job de longa data depois de ser acusado de ter assediado sexualmente várias de suas subordinadas em seu ambiente de trabalho. Ele afirma, no entanto, que teve encontros românticos com várias delas e acredita que todos foram consensuais.
O problema nesse caso não é nem financeiro, uma vez que Moonves – que tem uma fortuna estimada em US$ 800 milhões (R$ 3,1 bilhões) – vai embolsar US$ 120 milhões (R$ 466,8 milhões) da gigante de mídia Viacom, dona da “CBS”, a título de indenização rescisória. O que realmente o irritou foi o vazamento de e-mails internos que corroboram o escândalo sexual revelado por Ronan Farrow em artigo publicado pela revista “The New Yorker” há cinco meses.
Moonves acredita que as mensagens eletrônicas podem ter sido disponibilizadas para o jornalista por alguns de seus ex-colegas de trabalho, o que pode caracterizar desde a quebra do sigilo de seu contrato e até mesmo espionagem industrial. Os advogados do bambambã caído analisam essas e outras possibilidades há dias e em breve deverão tomar uma decisão sobre o imbróglio que, ao que tudo indica, vai acabar chegando aos tribunais. (Por Anderson Antunes)
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