São muitos os trabalhadores com mais de 80 anos de várias partes do mundo que ainda estavam na ativa mas resolveram aproveitar a pandemia para finalmente se aposentar, mas o talentosíssimo Frank Gehry, um dos arquitetos mais renomados de todos os tempos, certamente não pensa em se tornar um deles em um futuro próximo. Aos 92 anos, o vencedor do prêmio Pritzker (o Oscar da arquitetura) anda mais ocupado do que nunca tocando projetos comerciais e sociais em várias partes dos Estados Unidos.
O maior de todos no momento é a versão do High Line de Nova York que Gehry desenhou para a região central de Los Angeles, na orla do rio que dá nome à cidade. Também em LA, ele coordena a construção do novo complexo administrativo da Warner Bros., sem falar nos detalhes da ópera de jazz “Iphigenia”, da dupla Esperanza Spalding e Wayne Shorter, que consomem boa parte de seu tempo atualmente.
Com previsão de estreia de dezembro no Kennedy Center de NY, a produção terá seu cenário assinado por Gehry, um fã declarado do teatro americano. Há ainda a reforma do Museu de Arte da Filadélfia que também está sendo conduzida pelo escritório dele, com previsão de ser concluída no mês que vem – o rei dos traços já mandou avisar que pretende marcar presença na reinauguração da instituição cultural.
Em entrevista recente ao “The New York Times”, Gehry explicou que atingiu uma fase da carreira na qual pode se dar ao luxo de escolher a dedo seus trabalhos, em geral aqueles que vê com mais chances de causar um impacto social. Isso explica as casas para veteranos sem-teto no interior da Califórnia que o nonagenário arquiteto canadense topou projetar de graça. “Vou fazer o quê a essa altura da vida? Eu quero é trabalhar”, disse o autor do Guggenheim de Bilbao e da Fondation Louis Vuitton de Paris ao jornal. (Por Anderson Antunes)
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