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Zeca Camargo vai lançar um livro sobre viagens e deve ganhar um novo programa || Crédito: TV Globo

Com passagem pela “Folha de S. Paulo”, Gazeta, MTV, TV Cultura e revista “Capricho”, até finalmente se fixar na Globo, em 1996, Zeca Camargo completa nesta quarta 52 anos – e com novos projetos! O apresentador, que deixou o “Vídeo Show” na última sexta-feira, está preparando um livro de viagem e deve assumir um novo programa, ainda mantido em segredo. Ele conversou com o Glamurama.

Por Denise Meira do Amaral

Glamurama: Como era o Zeca de 20 e poucos anos e o Zeca de 52?

Zeca Camargo: Será que 32 anos mudam tanto uma pessoa? Claro que sim. Mas gosto de achar que a curiosidade do Zeca de 20 está não só presente no Zeca de 52, mas redobrada. E esse é o grande segredo. O Zeca de hoje já conheceu mais lugares no mundo, já fez mais amigos, já entrevistou mais gente, superou mais problemas e entendeu um pouco mais o sentido da vida. Mas, mesmo com tudo isso que o Zeca de 52 conquistou, ele segue com a mesma curiosidade: pelo mundo e pelas pessoas. E acho que é isso que celebro todo aniversário!

Glamurama: Quais foram os três momentos mais importantes de sua carreira?

Zeca Camargo: A estreia da MTV foi muito importante para mim. Todo aquele período, de extrema liberdade e criação me ajudou a acreditar que sempre é possível reinventar as coisas, e foi essa a lição que levei. Depois teve a estreia no “Fantástico”, um programa que sempre teve uma forte identidade e que me provocou não só criativamente, mas também na minha formação jornalística. Ali me tornei um profissional melhor e um comunicador mais seguro e preparado. O terceiro momento tem a ver também com o “Fantástico”, que me permitiu fazer um dos projetos mais legais da minha vida, “A Fantástica Volta ao Mundo”, em 2004. Ali estavam todos os elementos do que acredito ser uma boa reportagem sobre viagem: curiosidade, interatividade e o inesperado! Foi essa volta ao mundo que deu origem a outras aventuras e reportagens, inclusive essa última, “Pelo Mundo das TVs”, que foi ao ar no “Vídeo Show”.

Glamurama: Quem você gostaria de entrevistar, mas ainda não teve a oportunidade?

Zeca Camargo: Queria mesmo ter tido a chance de entrevistar Michael Jackson, não só pela vaidade de falar com aquele que é talvez o maior ídolo pop de todos os tempos, mas também para tentar entender a cabeça de um gênio do pop. Os grandes artistas são uma espécie em extinção, e acho que tive a sorte de ter falado com quase todos os ídolos da minha geração. Mas faltou um: Morrissey, vocalista dos Smiths. Mas ele ainda está por aí, quem sabe…

Glamurama: Por que você decidiu entrar no Instagram, depois de muito tempo? Você se rendeu às redes sociais?

Zeca Camargo: Sempre achei que se eu fosse participar de uma rede social, teria que ter um foco maior do que falar só sobre mim. Ainda não consegui achar uma fórmula boa para o Face, mas quando saí para fazer essa última volta ao mundo, com reportagens nas TVs de vários países, achei que tinha uma chance boa de divulgar o trabalho – e ainda dar uma informação a mais para quem gosta de viajar. Não queria fazer um Insta apenas para colocar “selfies” – em quase 500 postagens, eu apareço em menos de 10% delas. A ideia era fazer algo diferente. E o trabalho me proporcionou essa “janela”. O projeto da TV acabou no início deste ano, mas como o @zecacamargomundo teve uma aceitação enorme – já estamos batendo os 200 mil -, decidir continuar com viagens diferentes, misturando algumas que estou fazendo agora, com outras do passado. Assim podemos “viajar o ano todo” (risos)! E com muita interatividade – sempre que dá, respondo os comentários. É muito divertido. Ah! E vamos ter destinos também no Brasil.

Glamurama: Você voltou recentemente de uma volta ao mundo. Viajar é necessário pra você?

Zeca Camargo: Vamos voltar para a “boa e velha” curiosidade. Viajar é ser curioso, é se entregar ao diferente, ao desconhecido, e ter a humildade de aprender com ele. É a melhor maneira de aprender as coisas, de conhecer as pessoas, de encarar o mundo sem preconceitos. Viajar é aceitar o estranho e perceber que o que separa você daquela pessoa que você acha tão “exótica” é o acaso. Você poderia ter nascido ali, no mesmo lugar que ela. Poderia ter sido você o “exótico”. Viajar te dá a dimensão de que você só está vivendo essa vida maravilhosa para cumprir uma missão maior da Terra: a de fazer as pessoas mais felizes. Quanto mais diferente elas forem, mais você tem o compromisso de fazê-las feliz.

Glamurama: Quais são seus próximos projetos?

Zeca Camargo: Estou escrevendo um livro sobre viagem – não sobre um lugar específico, mas sobre o que significa “viajar bem”. O que não necessariamente quer dizer que você tem que viajar com luxo. É saber aproveitar os momentos, os lugares, e sobretudo as diferenças. Deve ficar pronto no máximo até o segundo semestre.

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