Patrícia Poeta completa 40 anos nesta quarta-feira com um currículo extenso: já foi repórter da Band, apresentadora do “SPTV” e do “Jornal Hoje”, correspondente em Nova York e sentou nas bancadas mais disputadas da Globo: do “Fantástico” e do “Jornal Nacional”. Depois de substituir Fátima Bernardes em 2011, assumiu o “É de Casa” e em breve estará no comando do reality show “Caixa de Costura”, que estreia no primeiro semestre de 2017, no GNT.
Em conversa com o Glamurama, Patrícia falou sobre a chegada aos 40, seus cuidados com a pele e corpo, sobre seu novo projeto e explicou o que a motivou a largar o jornalismo e migrar para o entretenimento. “No ‘Jornal Nacional’ eu tinha que dar em 30 minutos as notícias do Brasil e do mundo. E a primeira notícia que cai é sempre a boa”, disse.
Por Denise Meira do Amaral
Glamurama – Como é chegar aos 40 anos?
Patrícia Poeta – Os 40 são os novos 30. Tenho muito mais disposição hoje do que tinha antes. Estou mais experiente e ao mesmo tempo mais equilibrada.
Glamurama – Qual a sua ligação com a moda, agora que vai apresentar o reality “Caixa de Costura”?
Patrícia Poeta – Adoro moda, adoro ler sobre moda. E meu interesse aumentou ainda mais quando morei em Nova York e cobri os grandes desfiles pelo “Fantástico”. Quando era pequena desenhava modelitos para as minhas bonecas e costurava numa daquelas máquinas da Estrela. Minha avó me ensinou a costurar.
Glamurama – Quais são seus cuidados com a pele e com o corpo, agora aos 40?
Patrícia Poeta – Procuro sempre estar me mexendo. Faço aulas de balé fitness, de samba e sempre que posso ando no calçadão. Também tenho um endócrino [Fabiano Serfaty, que fez Patrícia emagrecer 10 quilos com uma nova dieta]. Para a pele, uso sabonete para pele oleosa, creme para a região dos olhos, protetor solar com FPS 50 sempre, porque no estúdio também tem muita luz, e à noite vou revezando com vitamina C, ácido hialurônico…
Glamurama – Você já fez botox ou preenchimento?
Patrícia Poeta – Não. Trato muito a pele no sentido de ter saúde, pra ajudar ela a envelhecer mais devagar só.
Glamurama – Você participou recentemente de um evento no Rio com dermatologistas com toda a renda revertida para a Apae. Qual a sua ligação com a causa?
Patrícia Poeta – A ideia do encontro surgiu após uma conversa com a minha dermatologista. Tivemos a ideia de fazer uma espécie de talk show para que as pessoas tirassem dúvidas do que há de mais novo em dermatologia, com renda revertida para a Apae. Pouca gente sabe, mas uma das primeiras reportagens que fiz na vida foi em uma casa chamada Lar Santo Antônio dos Excepcionais, em Porto Alegre, que cuida de crianças portadoras de necessidades especiais. Foi uma coisa que sempre mexeu comigo. Até porque tenho um primo que tem. Nessa reportagem eu perguntei como poderia ajudar. E eles disseram que o melhor seria poder ir lá e brincar com eles, dar carinho. E desde então comecei a fazer isso. Depois me mudei para São Paulo e comecei a trabalhar na Globo, mas sempre que vou para Porto Alegre visito o lar. No meu casamento, em vez de presente, pedi dinheiro para mandar para eles.
Glamurama – E quem era esse primo?
Patrícia Poeta – Tenho duas primas que regulavam com a minha idade e um temporão. A expectativa dele era de cinco anos. Hoje o Paolo tem 30 e poucos. Ele não caminha muito bem, e quando era pequeno dizia que seu sonho era ser jogador de futebol. E ele não poderia. Aquilo mexeu comigo. A minha tia deixava ele em casa todos os dias e eu que ficava com ele. Usava o escritório do meu pai e fazia uma espécie de programa infantil. Eu era a apresentadora e ele era a plateia. Quando eu apresentava o “Fantástico”, ele me ligava e perguntava se o tchau que eu dava era para ele. Ele tem muito a ver com o que eu escolhi ser anos depois. Foi isso que me pegou na minha saída do “Jornal Nacional”. Pensei que precisava seguir um caminho diferente, fazer alguma coisa com leveza, que não tinha no ‘hard news’.
Glamurama – Por quê?
Patrícia Poeta – No “Jornal Nacional” eu tinha que dar em 30 minutos as notícias do Brasil do mundo. E a primeira notícia que cai é sempre a boa. Você tem que dar as mais importantes e infelizmente as mais importantes são as ruins. No “Fantástico” eu conseguia levar um pouco de leveza para o domingo. Quando fui para ‘hard news’ dei meu máximo, fiquei três anos. No “Fantástico”, que eu curtia mais fazer, fiquei quatro. Na época do “Jornal Nacional” foi isso que pegou. Mas na época não queria contar isso.
Glamurama – Você estudou cinema em Nova York, em 2005. Li que atuou também…
Patrícia Poeta – Fiz uma pós em direção. Pra dizer que eu nunca atuei, pra aprender a dirigir você tem que aprender a ser dirigida. Então de certa forma eu atuava um pouco, sim.
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