Impressiona a forma como Angelina Jolie transita entre dois mundos: o de Hollywood, onde cada passo seu e de seus filhos são rastreados por manchetes mundo afora, e o da filantropia, tendo feito mais de 60 viagens missionárias como embaixadora da ONU. Por isso, na hora de produzir e dirigir seus filmes, a atriz faz questão de focar em histórias fortes.
Dos quatro longas que já dirigiu, três se passam em tempos de guerra, incluindo seu mais recente, “First They Killed My Father”, uma adaptação do livro homônimo, que relata a vida da ativista Loung Ung, sobrevivente do genocídio cambojano e hoje amiga íntima de Jolie. Em entrevista ao “The New York Times” nesta quarta-feira, a atriz deu indícios de que o longa, que estreia nesta sexta-feira no Netflix, pode ter ajudado na sua decisão de se separar de Brad Pitt em setembro passado, com quem foi casada por 12 anos.
Centralizado nos membros do clã Loung, a atriz disse que o filme fez com que ela refletisse sobre o significado de uma verdadeira família e na forma como um deve cuidar do outro. “Loung teve tantos horrores em sua vida, mas também teve muito amor e é por isso que ela está bem hoje”, disse Jolie ao “NYT”.
Em tempo: a separação teve como estopim um episódio de agressividade verbal de Pitt a Maddox, o filho mais velho do casal. “Nada disso é fácil. É muito, muito difícil. É uma situação muito dolorosa e eu só quero minha família saudável”, desabafou ela. Sobre as crianças, completou: “Eles estão melhorando.”
O primogênito Maddox, de 16 anos, foi o braço direito de Angelina no novo filme, dirigido por Rithy Panh. A intenção seria torná-lo o mais cambojano possível. Segundo a atriz, ele trabalhou no roteiro do filme, tomando notas em reuniões. Pax, 13 anos, também atuou na produção do longa como fotógrafo. Em entrevista à revista “People”, Maddox disse que trabalhar com sua mãe foi “divertido e fácil. Ela é uma sonhadora”. Angelina, que tem cidadania cambojana, é mãe adotiva de Maddox, Pax e Zahara, e biológica de Shiloh, Knox e Vivienne.
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