Andy Summers, ex-guitarrista do The Police, que integra a 85ª posição na lista dos 100 melhores guitarristas da história da música pela Rolling Stone, está no Brasil a convite da Leica. A marca abriu as portas nessa quarta-feira para a primeira Leica Gallery da America Latina e, para a estreia, exibe a mostra “Del Mondo”, reunindo cliques do músico durante suas andanças pelo globo. Em entrevista com o Glamurama, Summers falou de arte à música, confessando que não liga para o rock´n´roll. Leia abaixo.
Glamurama: O que instiga você na música?
Andy Summers: “Eu. Eu me inspiro em mim mesmo, risos. Não consigo dizer apenas uma coisa, pois são várias. Uma delas é a música clássica. Tem que ser algo, não vou dizer um artista, mas algo na música propriamente dita, em como ela foi criada. Pode ser o mood, um arranjo, uma melodia, uma harmonia interessante…A arte em si. É disso que eu gosto”.
Glamurama: E na fotografia?
Andy Summers: “Eu acho que a busca por imagens ótimas que tenham impacto emocional e me façam repensar as coisas sob um novo ponto de vista. Coisas que me ajudem a levar novas perspectivas para a mídia. Uma viagem para um lugar novo, uma pessoa, uma obra de arte…”.
Glamurama: Você já viajou o mundo e, entre tantos lugares e culturas diferentes que conheceu, qual sentimento define sua experiência: esperança ou decepção?
Andy Summers: “Eu nunca pensei em perder meu otimismo e esperança sobre o mundo, acho que você deve esperar que a humanidade vai polir a bagunça pois não está nada bom agora, como você sabe. Não está bom em lugar nenhum, principalmente no Oriente Médito, e nós ainda teremos terríveis mudanças climáticas. Então acho que a esperança deve ser mantida no potencial humano de reverter toda essa situação. Do jeito que está, não está bom”.
Glamurama: O que você acha do rock’n’roll que é feito hoje em dia?
Andy Summers: “Eu não penso muito nisso hoje em dia. Não mais. Não tenho mais interesse. Continua sendo rock, claro, mas de certo modo, bandas de guitarra e coisas do tipo se tornaram muito ‘old style’. Eu acho que o mundo está seguindo em frente ouvindo um rock morto [risos], com todas as antigas bandas de guitarra. Entre muitas coisas ruins, existem bons vinhos. Depende do que você está procurando. Não dá para gostar de tudo. Em 100%, talvez você encontre 3% bom. Eu ouvi muita música por toda a minha vida, então muito do que eu ouço, eu já ouvi antes. Por isso me interesso por música pura. Não ligo mais para o rock. Eu nunca liguei.”
* Atualmente Andy Summers vive em Los Angeles.
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