Por ter se tornado uma empresa gigantesca, a Amazon vira e mexe é alvo de denúncias de abuso de poder econômico e situações parecidas. Mas uma das últimas feitas contra a líder mundial em e-commerce de Jeff Bezos é um tanto quanto bizarra. É que de acordo com uma investigação conduzida pelo site americano “Motherboard”, a companhia teria contratado os serviços da lendária agência de detetives Pinkerton, fundada em 1850 pelo detetive e espião britânico Allan Pinkerton, para monitorar alguns de seus funcionários que estariam cogitando criar sindicatos de “Amazonians” (como são chamados aqueles que dão expediente na Amazon) nos Estados Unidos e em outros países.
Um dos maiores medos do homem mais rico do mundo e de seus executivos, essas associações de trabalhadores poderiam resultar em processos coletivos que teriam como alvo a Amazon e suas afiliadas, e por consequência poderiam custar a todas bilhões de dólares em indenizações. Isso porque há anos existem suspeitas de que nem todos os seus ambientes de trabalho sejam exemplos de boa cultura patronal, com queixas de abusos cometidos em muitos nesse sentido.
Curiosamente, a Amazon postou em seu site oficial no começo de setembro um anúncio que logo saiu do ar no qual informava estar em busca de um “analista de inteligência”, jargão corporativo para certos tipos de detetives “in house”, e na mesma época distribuiu memorandos nos quais alertava que o apoio público dos Amazonians para estrelas progressistas como Greta Thunberg não era algo bem visto por sua chefia. Mistério… (Por Anderson Antunes)