Além da má reputação, as acusações de assédio sexual feitas contra Louis C.K. nos últimos dias deverão custar ao comediante algumas dezenas de milhões de dólares. Um dos mais bem pagos de Hollywood, com renda anual na casa dos US$ 52 milhões (R$ 171,7 milhões), Louis perdeu os empregos que tinha no FX e na HBO – esta última a emissora que exibia os especiais e a série dele, “Lucky Louie”, desde 2006 -, e viu seu plano de estrear na telona ir por água abaixo com o cancelamento da estreia de “I Love You, Daddy”, comédia que escreveu, dirigiu e estrelou, e que deveria entrar em circuito mundial na próxima sexta-feira.
Sabe-se que Louis teria direito a uma fatia da bilheteria da produção, que estava sendo bem elogiada pela crítica antes da polêmica. Os dois especiais que o comediante acertou com a Netflix no início do ano em troca de um cachê estimado entre US$ 30 milhões (R$ 99,1 milhões) e US$ 35 milhões (R$ 115,6 milhões), e que já estavam em produção, também foram abortados. O que sobra são os milhões que ele embolsa na estrada com suas turnês de stand-up comedy, mas é justo dizer que poucas pessoas estarão dispostas a assisti-lo neste momento.
Acusado por três mulheres de se masturbar na frente delas, de fazer o mesmo enquanto falava com outra ao telefone e de convidar uma outra mulher para assistir a cena em um quarto de hotel, Louis a princípio negou essa versão dos fatos, mas depois admitiu em um comunicado à imprensa a má conduta sexual e pediu desculpas pelo sofrimento que causou à família e às vítimas. No mesmo texto, admitiu que precisa dar um longo tempo na carreira antes de cogitar voltar à ativa. (Por Anderson Antunes)
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