A noite dessa segunda-feira foi emocionante no Copacabana Palace, no Rio, onde rolava uma premiação de TV. De um lado, Bruno Gagliasso, indignado, chorou no palco e ameaçou deixar de ser ator por se sentir censurado com os novos rumos que “Babilônia” tomou depois da rejeição do público e ameaça de boicote. De outro lado, Aguinaldo Silva, autor da antecessora de “Babilônia”, o sucesso “Império”, declarou uma posição totalmente contrária em relação ao assunto.
“Se isso acontecesse comigo, eu deixaria de dormir e passaria 24 horas por dia reescrevendo a novela. Minha função é escrever sucesso. Novela não é escrita para a minha satisfação pessoal. E para quem assiste. Em ‘Império’ tinha tinha três gays, então a questão não é essa. É anti-ético eu falar do trabalho do meu colega, mas tem que fazer o que o público quer ver. É um desastre não ter audiência. Eu mudaria o perfil dos personagens também.” Nessa hora, alguém interrompeu Aguinaldo e comentou que Gilberto Braga se defendeu dizendo que a Globo teria errado porque estava tudo na sinopse que ela aprovou. “Isso é prova de que a emissora dá total liberdade ao autor. Então, se não dá certo, a culpa é dele. O telespectador não quer ver o beijo gay. Está em família, com o filho pequeno. A gente tem que aceitar isso. Na minha novela não tem beijo gay. Sempre digo que beijo gay só lá em casa. Sou faminto pela audiência. Voraz. Quero que todo mundo ame minha novela. É preciso estar antenado com o que o público quer assistir.” (por Michelle Licory)
- Neste artigo:
- Aguinaldo Silva,
- audiência,
- Babilônia,
- beijo gay,
- Bruno Gagliasso,
- censura,