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Foto: Eduardo Kerges

O mercado de luxo brasileiro dá um passo essencial em direção à inclusão com o lançamento do Afroluxo, um programa pioneiro de enfrentamento ao racismo. A iniciativa, anunciada pela divisão de luxo da L’Oréal no Brasil, surge como resposta a dados preocupantes sobre discriminação racial vivida por consumidores negros em ambientes de beleza de luxo.

O programa é baseado na pesquisa “Racismo no Varejo de Beleza de Luxo”, realizada em parceria com o Estúdio Nina, que revelou que 91% dos consumidores negros de classe A/B já sofreram situações racistas nesses ambientes. Entre os dados alarmantes, 59% dos respondentes apontaram que o principal ofensor é o atendente, e 52% dos consumidores negros desistem da compra diante de experiências discriminatórias.

Foto: Eduardo Kerges

Para enfrentar essa realidade, o Afroluxo está estruturado em três pilares principais:

  1. Transformar o negócio – desenvolver um ambiente mais inclusivo e preparado para atender consumidores negros.
  2. Empoderar o ecossistema – fornecer ferramentas e treinamentos para redes de varejo e parceiros comerciais.
  3. Impactar positivamente a sociedade – trabalhar com iniciativas que incentivem a inclusão racial no mercado de luxo.

Entre as ações inéditas do programa estão:

  • Protocolo de Atendimento de Luxo Antirracista: um guia completo para melhorar a experiência do consumidor negro, que será integrado aos treinamentos obrigatórios das equipes de vendas e disponibilizado para parceiros comerciais.
  • Black Mystery Shopper: auditorias anuais feitas por consumidores negros para avaliar o atendimento e identificar práticas discriminatórias.
  • Expansão da oferta de produtos para peles negras: a partir do segundo trimestre de 2025, a linha de bases Teint Idôle Ultra Wear, da Lancôme, aumentará os tons para peles negras em mais de 50%, passando de 14 para 22.
  • Pacto Afroluxo de Enfrentamento ao Racismo nas Lojas de Beleza de Luxo: uma coalizão inédita que reúne marcas e varejistas para combater práticas racistas e ampliar a diversidade de portfólio.

“Sabemos que o racismo é complexo e estrutural. Não basta treinarmos nossas equipes; é necessário acompanhar de perto e atuar com ações efetivas. Por isso, além do protocolo, vamos lançar o Black Mystery Shopper, uma auditoria anual para identificar dispositivos racistas no atendimento”, explica Eduardo Paiva, Head de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo L’Oréal no Brasil.

A ampliação do portfólio de produtos também é destaque. A iniciativa da Lancôme reforça a importância de atender a um público que, apesar de ser maioria no Brasil, ainda é sub-representado no mercado de luxo. “Com essa ampliação, queremos consolidar a ideia de que o futuro do luxo reflete a diversidade do Brasil, um país majoritariamente negro”, afirma Bianca Ferreira, Head de Comunicação da L’Oréal Luxo.

Foto: Eduardo Kerges

Com o Afroluxo, o compromisso é quebrar o silêncio sobre o racismo no mercado de luxo, promovendo um setor mais inclusivo, representativo e acolhedor para todos.

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