A moda de Adriana Barra é fora da curva. Para conseguir as estampas coloridas e cheias de vida da estilista, ela garimpa tecidos em tribos remotas e destinos paradisíacos. Adriana já visitou, por exemplo, as montanhas Cárpatos da Ucrânia, em uma viagem na qual usou cinco meios de locomoção para chegar até a tribo desejada. Outra experiência dela foi viajar pela costa inteira da Austrália atrás dos trabalhos artesanais de aborígenes. “São viagens nada luxo, mas com muita experiência cultural”, garante ela. Assim, pedimos para a estilista citar os melhores lugares do mundo para comprar tecidos. Anote as dicas!
Estilo
“Compro muitos tecidos em feiras e bazares, não em lojas. Gosto, por exemplo, do Grande Bazar em Istambul, na Turquia; não só pelos tecidos do mercado, mas pelas bancas que forram móveis e etc. Curto, também, os grandes mercados tribais do mundo, especialmente na Índia e em Marrakesh, lugares onde mais visito. Mas na Índia, engane-se quem pensa que todas as cidades oferecem o mesmo tipo de tecido. Cada local carrega opções diferentes – sedas para sáris, tecidos de espelho e por aí vai. Na África, os materiais são vendidos na rua mesmo. Lá, você compra cangas enormes ou tecidos com wax print.
Em resumo, o legal é buscar tecidos de trabalhos locais. O mix de estampas fica mais interessante do que simplesmente comprar um rolo de tecido [industrial]. Mas nem por isso deixo de visitar, também, opções mais mainstream e de ótima qualidade como a finlandesa Marimekko, empresa de tecidos que existe desde os anos 60 e oferece um prêt-à-porter bom.”
Decoração
“Já para decoração, tem a Versace Home, que carrega tecidos os mais estupendos do mundo. Mas o acesso aos materiais da maison não é tão fácil: tem que marcar hora para ver, os tecidos são caros e às vezes não tem o que você quer e tem que esperar um tempo para receber. Mas os tecidos são maravilhosos e têm uma qualidade…Veludo estampado, por exemplo. A marca inglesa Osbourne & Little também é boa. Além dessas opções, as seções de decoração de lojas de departamento, como Selfridges, têm tecidos para vender na hora, e de várias marcas.”
(Por Manuela Almeida)
