Acusado de assédio sexual por pelo menos oito mulheres na semana passada, Morgan Freeman precisou fazer alguns ajustes em sua rotina diária. Desde que se tornou um dos famosos mais citados na mídia internacional por causa do escândalo, o ator americano não sai mais na rua sem a companhia de um segurança. Freeman, de 80 anos, passa uma temporada no estado americano da Geórgia, onde grava cenas do longa “The Poison Rose”, no qual dividirá os créditos com John Travolta, e raramente é visto por lá sem um guarda-costas ao seu lado.
Sobre as acusações das quais foi alvo, o vencedor do Oscar por “Menina de Ouro” fez um pedido de desculpas tímido e se limitou a dizer até agora que todas são “falsas”, e que é apenas uma pessoa que sente a necessidade de “distribuir elogios” a fim de fazer com que todos ao seu redor se sintam queridos, inclusive homens. Já a Disney, que vai lançar no fim do ano um filme com Freeman no elenco principal, trata do assunto com muito mais cuidado, e inclusive considera excluir as cenas da produção em que ele aparece ao exemplo do que foi feito em “Todo o Dinheiro do Mundo” quando Kevin Spacey precisou ser substituído às pressas por Christopher Plummer.
O maior pepino do veterano, no entanto, é com a sócia dele na produtora Revelations Entertainment, a executiva Lori McCreary. Considerada uma das melhores mais poderosas de Hollywood hoje em dia, ela também é membro do conselho da Producers Guild of America (PGA), que ajudou a criar. A entidade representa produtores de toda a indústria cinematográfica dos Estados Unidos, e tem se posicionado a favor de punições severas contra todos os envolvidos em casos de assédio e abuso sexual comprovados. O problema é que, segundo uma reportagem que a “CNN” levou ao ar recentemente, ela sabia do suposto comportamento inapropriado do parceiro de negócios e nunca fez nada para repreendê-lo. (Por Anderson Antunes)