Como praticamente não tem mais para onde crescer no principal segmento em que atua, a Anheuser-Busch InBev – que é líder mundial na fabricação de cervejas – resolveu investir no crescente mercado da maconha legalizada. Nesta quarta-feira a cervejaria com sedes em St. Louis, nos Estados Unidos, e em Leuven, na Bélgica, e que é controlada pelo brasileiro Jorge Paulo Lemann, anunciou uma parceria com a produtora de cannabis canadense Tilray para criar um centro de pesquisas dedicado ao desenvolvimento de bebidas que tenham cannabidiol e tetrahydrocannabinol, dois dos princípios ativos da erva, em sua composição.
O objetivo, é claro, é chegar a uma fórmula que possa ser transformada em um novo drink para ser incluído no vasto portfólio de marcas da AB InBev, que já é dona da Budweiser e da Stella Artois, a princípio voltado apenas para os consumidores do Canadá, onde o consumo recreacional de maconha e seus derivados foi liberado em outubro. A propósito, a nova “commodity” já está em falta no país, tamanha é a demanda que gerou.
Para a gigante belgo-americana, que já viveu dias melhores, trata-se de uma novidade muito bem-vinda em um ano repleto de más notícias, como a estagnação nas vendas de seus produtos em várias regiões do mundo, resultado direto do baixo crescimento entre as economias emergentes, e o recente corte de sua nota de crédito feito pela Moody’s e comunicado no último dia 10. Lemann corre, inclusive, o risco de terminar 2018 sem o título de homem mais rico do Brasil, já que no momento tem “apenas” US$ 300 milhões (R$ 1,16 bilhão) a mais do que o segundo colocado, o banqueiro Joseph Safra, com seus US$ 19,6 bilhões (R$ 75,9 bilhões). (Por Anderson Antunes)
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