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Mary Del Priore
Mary Del Priore

A semana começou em alta com papo delicioso e esclarecedor sobre história, feminismo, patriarcado, resistência e muito mais na live de Joyce Pascowitch com a historiadora Mary Del Priore. Mary foi professora de História da USP e da PUC/RJ, pós-doutoranda em Paris. Com 52 livros publicados, entre eles a série ‘Histórias da Gente Brasileira’, ela é vencedora de prêmios literários nacionais e internacionais.  Atualmente, apresenta um programa na rádio CBN (RJ) chamado ‘Rios de História’, colabora com jornais e revistas acadêmicos e não acadêmicos, e é sócia titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Mary ainda presta consultoria para diretores de cinema e tem colaborado na produção de documentários para a TV com enfoque em história. Aliás, em março, ela vai ministrar o curso “Mulheres: sexualidade, patriarcado, violência e resistência”. Fica a dica!

Mary está lançando o livro ‘Sobreviventes e Guerreiras’, que percorre a história da mulher brasileira de 1500 até os anos 2000. Entre os temas abordados no livro, ela cita mulheres que foram assassinadas como Daniela Perez, Marielle Franco, Cláudia Lessin Rodrigues e Aída Curi, entre outras, e conta o que temos a aprender com essas perdas: “Essas mulheres  foram mortas porque haviam rompido com esse pacto de submissão. Nos anos de 1980, que foi quando as mulheres começaram a sair da caixinha, a reação é de uma violência terrível em todas as classes sociais. Hoje as coisas evoluíram, existe a mídia, a delegacia de mulher, está todo mundo mais atento, naquele tempo as pessoas não estavam. O que há de mais complicado na questão de classes desfavorecidas é que as mulheres denunciam mas depois de algum tempo retiram a queixa porque precisam economicamente do companheiro. Letramento e educação são formas de tirar essas mulheres da miséria e da violência”, explica a historiadora sobre este assunto sempre tão necessário.

Na conversa, ela cita a mulher que considera um marco do feminismo no Brasil: “Gosto de citar a Jacqueline Pitanguy. Ela não foi só uma imensa feminista, uma mulher que pensou, que atuou, uma brasileira que temos que nos orgulhar… ela levou para a constituinte de 1988 não só um programa revolucionário para a mulher brasileira. Conseguiu uma coisa que o Congresso nunca mais conseguiu, que foi unir as mulheres dos mais diversos partidos em torno dessas causas e o país ganhou muito com isso.” Vale conferir o papo completo abaixo. Play!

 

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