Mais de 300 mil cidadãos da França assinaram até agora uma petição online lançada há duas semanas contra a oficialização do cargo de primeira-dama no país, um das propostas de campanha de Emmanuel Macron, que foi eleito presidente em maio. A ideia dele era dar status de membro do governo para sua mulher, Brigitte Macron, permitindo que ela atuasse como sua representante formal em certas ocasiões.
O problema é que uma série de cortes em investimentos públicos que o político anunciou recentemente resultaram no fim da lua de mel entre ele e os franceses, e agora a maioria deles acredita que não faz sentido transformar Brigitte em servidora às custas dos contribuintes, sobretudo depois da aprovação de uma lei, em julho, que proíbe a contratação de familiares por deputados do Parlamento francês.
De acordo com a constituição da França, os cônjuges de chefes de estado não têm um papel definido, embora geralmente contam com seus próprios assessores e proteção especial – Valérie Trierweiler, a ex-mulher de François Hollande, que antecedeu Macron no Palácio do Eliseu, recebia uma verba oficial de € 400 mil anuais.
Diante da polêmica, o porta-voz do governo de Macron, Christophe Castaner, anunciou no Twitter que uma nova definição do papel de Brigitte no governo está sendo estudada e deverá ser anunciada nos próximos dias. É bom lembrar que, como professora aposentada, ela já conta com renda própria e também com a ajuda do marido, que fez fortuna no setor financeiro. Mas o caso promete esquentar o noticiário até que seja resolvido. (Por Anderson Antunes)
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