De mulher mais poderosa do mundo e responsável por comandar a maior economia da Europa para mais uma “louca das plantinhas”: essa é a nova realidade de Angela Merkel, que durante 16 anos exerceu o cargo de chanceler da Alemanha.
Aposentada desde o fim do ano passado, a política de 68 anos sucedida por Olaf Scholz na chefia do executivo alemão desde então tem passado os dias cuidando do jardinzinho que mantém no terraço de seu modesto apartamento no quarto andar de um prédio com cinco andares localizado no número 6 da rua Am Kupfergraben, na região central de Berlim.
Merkel reside no imóvel com seu marido, Joachim Sauer, sua companhia constante na aposentadoria. Aliás, o casal adotou como mais um hobby além das caminhadas que costumam fazer com frequência sempre tirar uma soneca depois do almoço – algo impensável para ela há um ano atrás, quando seu último e certamente um dos maiores desafios de seu governo foi controlar a pandemia de Covid-19 em terras alemãs.
Em uma rara entrevista que deu recentemente, durante um evento com a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, Merkel afirmou que não sente nem um pouquinho de falta do poder e explicou o motivo.
“Eu já tenho 68 anos e vivi mais do que ainda tenho pra viver, portanto preciso pensar muito bem no que devo fazer daqui pra frente”, disse a ex-chefe de estado, que em seguida completou: “E também tenho a tranquilidade de saber que tudo aquilo que era de minha responsabilidade no passado recente agora está nas mãos de outra pessoa. Me estressar pra quê?”.
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