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Foto: Claudio Belizario

Ricardo Burgos, ator, diretor, roteirista e comunicador, é uma figura proeminente no cenário audiovisual com uma carreira de 15 anos. Nascido em Salvador, Bahia, iniciou sua jornada artística aos 15 anos, estudando teatro e dança, dominando diversas formas de expressão como ballet clássico, jazz, dança contemporânea e Hip Hop. Sua estreia no cinema veio com o filme “Depois da Chuva” (2012), exibido em festivais prestigiosos como Berlinale e Cannes.

Após mudar-se para o Rio de Janeiro, destacou-se no musical “Dzi Croquettes em Bandália” e na peça “Nunca Nade Sozinho”. Em Nova York, aprofundou-se na arte teatral na Playhouse West, participando de produções independentes tanto no cinema quanto no teatro. Reconhecido por sua atuação, foi indicado ao Brazilian Press Awards como Melhor Ator em 2018.

De volta ao Brasil em 2019, ampliou seu repertório participando de séries renomadas como “Impuros”, “Dom” e a novela “Cara e Coragem”, além de estrear na série “Rio Connection”. Sua versatilidade também se estendeu à escrita, com a criação do monólogo “Três Meses e Três Dias”.

Recentemente, lançou o programa “Perspectiva”, um podcast no Spotify e YouTube, onde entrevista artistas que o inspiram e compartilha conhecimentos sobre o processo criativo. Ansioso pela estreia do remake da novela “Dona Beja”, onde interpretará o antagonista Joaquim Botelho, Ricardo Burgos é reconhecido por sua dedicação, paixão e ética de trabalho inegociável, sempre em busca de ser sua melhor versão.

GLMRM conversou com Ricardo sobre seus projetos e experiências recentes, até suas expectativas para o futuro, destacando seu momento de felicidade e abertura para novas oportunidades.

Como surgiu a ideia de criar o podcast ‘Perspectiva’? Como é a falar sobre o processo com artistas que te inspiram?

Perspectiva é uma mistura de referências que eu consumo e gosto, somado a minha vontade de ver conteúdos de entretenimento que funcionam como inspiração, sendo feitos aqui no Brasil. As conversas com esses artistas que eu admiro é como se fosse um material de estudo, uma maneira de mostrar meu amor pelo ofício artístico, debatendo durante mais de 1 hora tudo o que de mais apaixonante e desafiador essa profissão nos traz.

Os episódios vão ao ar todas as terças-feiras a cada 15 dias no Spotify. Até agora já foram ao ar os episódios do João Côrtes, Otávio Müller e Gabriel Godoy. Vem muito mais por aí!

Quais são os momentos que você destaca nesses 15 anos de carreira? Quais trabalhos te marcaram?

Alguns me marcaram de formas diferentes. O primeiro que me vem à cabeça foi um filme que fiz no sul dos Estados Unidos, “The Hill and The Hole”, e ter feito em locação, no deserto, nas pradarias, foi uma experiência maravilhosa.

Rio Connection foi o primeiro trabalho que eu fiz depois que voltei de Nova York e foi incrível poder voltar a trabalhar no Brasil, especialmente com um diretor que eu admiro bastante, o Mauro Lima, e também por conta das amizades que fiz nesse projeto que carrego comigo até hoje.

E no momento a grande experiência que é algo novo pra mim, é a novela Dona Beja da HBOMax, que está sendo super desafiadora e com um texto belíssimo do Daniel Berlinsky, e um elenco maravilhoso e talentoso que me ensina tanto todos os dias.

Como surgiu o convite para viver o antagonista da novela ‘Dona Beja’, da HBOMax, e qual sua expectativa para a estreia?

Não foi necessariamente um convite direto, passei por alguns testes, alguns meses testando pro personagem do Botelhinho. Eu já havia trabalhado com a Floresta antes em Rio Connection, então eu conhecia algumas pessoas que me ajudaram a conseguir o teste. Sou muito grato às amizades e laços que vou criando no trabalho, após trabalhos, que sempre acabam me levando para um próximo projeto. Daí logo na reta final da escalação o André Reis (diretor de elenco da Warner) foi assistir a uma peça que eu estava fazendo e logo depois disso bateram o martelo.

Como foi sua experiência em ‘Rio Connection’, teve facilidade para gravar em outra língua?

Eu já falo inglês fluente há muitos anos, ter morado fora me possibilitou uma fluência muito maior, claro. Pra mim o inglês vem de forma muito natural, o desafio ali foi falar inglês com um sotaque da Espanha que o meu personagem tinha.

Como avalia o seu atual momento da carreira? E quais são seus sonhos para o futuro?

Vivo um momento muito feliz. Onde portas estão se abrindo, sonhos estão se realizando. Espero, claro, que eu continue trabalhando constantemente. Tenho meus projetos pessoais que pretendo fazer em seguida, mas também estou muito aberto às oportunidades que possam surgir daqui pra frente. O que eu quero agora é tentar não me preocupar muito com o futuro, que é uma tarefa difícil, e focar em terminar esse primeiro projeto antes de dar o próximo passo.

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