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rainha Elizabeth
Getty Images

A morte de Elizabeth II, na última quinta-feira, trouxe à tona um tópico que, ao longo das mais de sete décadas de reinado da monarca, de tempos em tempos foi abordado pela imprensa: afinal, qual era o tamanho da fortuna pessoal da rainha do Reino Unido? Desde quinta, várias publicações de todos os lugares do mundo atribuíram cifras altíssimas ao patrimônio dela que variam dos “míseros” US$ 150 milhões (R$ 774 milhões), no caso dos mais conservadores analistas, ao impressionante total de quase US$ 30 bilhões (R$ 154,8 bilhões).

Mas, na real, é praticamente impossível chegar a um valor estimado dos bens que a falecida mãe do agora rei Charles III possuía de forma privada – e isso em razão de que sequer uma pessoa física ela era, mas sim a personificação em carne e osso de uma nação, sem possuir documentos de identidade cuja linha tênue que a separava da Coroa era difícil de ser vista, para não dizer impossível.

É possível, no entanto, ter uma ideia do tamanho da riqueza da família real britânica, daqui pra frente chefiada pelo pai dos príncipes William e Harry, analisando os dados da The Monarchy PLC, a razão social da mais conhecida entidade The Crown Estate, que administra o portfólio imobiliário dos Windsor e, tecnicamente, “pertence” ao soberano dos britânicos que estiver sentado no trono.

Conforme dados informados em documentos oficiais, só o portfólio imobiliário da The Crown Estate vale US$ 19,5 bilhões (R$ 100,6 bilhões), dos quais US$ 4,9 bilhões (R$ 25,3 bilhões) são referentes ao valor de mercado do Palácio de Buckingham, a residência régia oficial da monarquia britânica em Londres. Agora seu “dono” no papel, Charles III não pode vender a propriedade real, porém tem o direito de embolsar quaisquer que sejam seus lucros, cerca de US$ 30 milhões em 2021. Outros negócios da The Crown Estate somam US$ 8,5 bilhões (R$ 43,9 bilhões)

Elizabeth II mantinha sob sua posse particular, e por meio do Ducado de Lancaster, apenas algumas residências específicas, como o Castelo de Balmoral, onde morreu, e que deve ter se valorizado em razão de ter se tornado o lugar do último suspiro dela, e objetos como obras de arte potencialmente caríssimas e que jamais serão reveladas.

Estima-se ainda que a falecida chefe de estado deixou uns US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) para seus herdeiros, uma soma que será distribuída de acordo com a importância deles: os mais famosos e próximos do trono recebem menos, enquanto aqueles que deverão brilhar por toda a vida, como resultado de sua posição privilegiada na linha de sucessão, já têm a fama, os títulos e os privilégios pra compensar – prova de que o dinheiro é algo que não tem muita importância para os “royals” britânicos.

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