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Roman Abramovich
Foto: Cem Ozdel/Anadolu Agency via Getty Images

Roman Abramovich é o mais novo cliente do escritório de advocacia americano Kobre & Kim, que tem sede em Nova York e tentáculos no mundo inteiro. O bilionário russo contratou os serviços legais da firma fundada em 2003 por Steven Kobre e Michael Kim, ambos ex-procuradores de Nova York, para tratar do caso envolvendo dois de seus aviões de luxo que decolaram dos Estados Unidos às pressas um pouco antes do começo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, possivelmente infringindo algumas regras de aviação americanas.

As aeronaves em questão são Boeing 787 Dreamliner e um jatinho da Gulfstream, que juntas valem US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões), e são mantidas em nome de Abramovich por meio de uma estrutura de empresas de fachada internacionais que o têm como controlador final. Os paradeiros dos brinquedinhos aéreos do outrora dono do time de futebol inglês Chelsea são desconhecidos.

Vale lembrar que o ex-marido de Dasha Zhukova sofreu sanções no Reino Unido e na Europa em razão de seus supostos laços estreitos com o presidente russo Vladimir Putin, o que ela nega ser verdade, mas não foi alvo de medidas restritivas desse tipo a mando de autoridades dos EUA por enquanto.

O pessoal do Kobre & Kim, uma equipe formada por advogados especialistas em desatar esses nós que resultam no confisco de bens de ricaços, deverá ajudá-lo no sentido de evitar que qualquer parte da fortuna dele, que caiu de estimados US$ 14,5 bilhões (R$ 78,7 bilhões) antes do conflito russo-ucraniano para os atuais US$ 8,7 bilhões (R$ 47,2 bilhões), possa potencialmente estar ao alcance dos americanos para que eles a sequestrem.

A origem dos bilhões do precavido Abramovich está na Norilsk Nickel, uma mineradora privatizada em 2008 que atualmente é a maior produtora de níquel do mundo. A maioria dos oligarcas russos também têm em estatais russas privatizadas quase duas décadas atrás, nem sempre da forma mais transparente, o grosso de seus patrimônios.

A propósito, o Kobre & Kim não é estranho aos brasileiros, uma vez que defendeu com sucesso, em 2010, o confisco de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) da offshore Tiger Eye Investments Limited, ligada ao banco Opportunity, cujos executivos àquela altura estavam sendo investigados na Operação Satyagraha.

Também é a Kobre & Kim que advoga em favor do financista malaio e fugitivo Low Taek Jho, mais conhecido como Jho Low, responsável por orquestrar um golpe que resultou em um prejuízo bilionário ao fundo soberano da Malásia e envolveu até mesmo Leonardo DiCaprio a certa altura.

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