Glamurama tem mais detalhes sobre uma das principais notícias que chocaram boa parte do mundo nessa quinta-feira: a “demissão” definitiva do príncipe Andrew, o filho favorito de Elizabeth II, da família real do Reino Unido. Envolvido até o pescoço no escândalo Jeffrey Epstein, o agora ex-royal perdeu os poucos títulos militares que ainda lhe restavam e, o maior baque, o de Sua Alteza Real, que carrega consigo uma série de privilégios e basicamente era aquilo que fazia dele um sangue azul. Ou, em português claro, o tornou um plebeu.
Ao que parece, a própria rainha fez questão de dar a notícia pessoalmente para seu herdeiro mais problemático, que foi chamado na manhã de quinta para ir vê-la no Castelo de Windsor, nos arredores de Londres. Consta que Andrew meio que já esperava o desfecho que o aguardava, mas ficou particularmente chateado com a nota pra lá de fria divulgada pelo Palácio de Buckingham, a residência oficial da mãe dele, depois do encontro, e que continha apenas dois curtos parágrafos e um tom extremamente protocolar.
Pra quem não lembra, a saída de Meghan Markle e do príncipe Harry da Casa Real de Windsor, no começo de 2020, foi comentada oficialmente pela assessoria de imprensa da realeza britânica como algo que deixava a monarca “muito triste”. Ela ainda garantiu no documento que a duquesa e o duque de Sussex e seu então único filho, Archie, permaneceriam como “membros muito amados” de sua família e os agradeceu por seus serviços públicos prestados aos seus súditos. No total, foram cinco parágrafos claramente emocionados.
E do outro lado do Atlântico, os advogados de Virginia Giuffre, a mulher de 38 anos que está processando Andrew por supostamente tê-la abusado sexualmente antes de chegar à maioridade, já mandaram avisar que não estão nem um pouco interessados em fechar um acordo financeiro longe dos tribunais para acabar com a história que, de um jeito ou de outro, já enterrou a reputação do pais das princesas Beatrice e Eugenie (e, sim, ele agora precisa se curvar para ambas em público e tratá-las por Suas Altezas Reais e “senhoras”).
Sem pensão real e sem poder fazer mais os polêmicos “bicos empresariais” que no passado lhe rendiam um troco extra, Andrew vive atualmente de uma mesada que Elizabeth II desembolsa de suas contas particulares para mantê-lo, de estimados US$ 323 mil (R$ 1,8 milhão) anuais. Sua fortuna pessoal, segundo o “The Times”, está na casa £ 32,5 milhões (R$ 246 milhões), mas em sua maioria investida em imóveis – um dos quais, inclusive, é alvo de um processo na Suíça. Mas sem dinheiro ele não fica.
O pior de tudo, no entanto, será a cada vez mais provável chance de ter que prestar depoimento às autoridades dos Estados Unidos no caso Giuffre, e tratar de assuntos pouco dignificantes na frente de todo mundo. Entre outras coisas, Giuffre, que também é advogada, afirma conhecer em detalhes as partes íntimas do outrora príncipe, o que possivelmente usará como uma “arma” a seu favor para provar que fala a verdade. Há quem diga que tamanha humilhação é comparável a ir parar na Torre de Londres nos tempos medievais…