A maternidade solo ensina muito a Pathy Dejesus, que busca conciliar sua carreira abrangente como atriz e DJ com a criação do pequeno Rakim, de 3 anos. Ainda assim, a artista de 45 anos conta que precisa lidar com olhares de julgamento por, além de ser mãe solo, manter sua vida profissional.
“Entendi que se eu não desse dois passos para trás e fosse generosa comigo, o mundão não ia ser”, disse a atriz, em conversa com o GLMRM.
Para cuidar de si, Pathy faz sessões de terapia. “Eu sempre fui muito cascadura por falta de opção. Sou uma mulher preta, da periferia. Mas agora, adulta e com filho, eu me dou o direito de chorar e de sanar os meus traumas no meu tempo”, conta.
Atualmente, a atriz, conhecida por trabalhos em séries como “Coisa Mais Linda” (Netflix) e “Rua Augusta” (HBO Max), foca na carreira como DJ e em sua vida pessoal com Rakim. Sempre que possível, arranja um tempo para cuidar de si. “Hoje, eu tento ser a melhor mãe, atriz, pessoa dentro do meu possível.”
Pathy diz se inspirar na escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, em seu livro “Para Educar Crianças Feministas”, para que todo seu trabalho e esforço seja um princípio a ser passado para Rakim. “Eu quero que ele seja um ser humano que se respeite e respeite o próximo. É o mínimo que eu posso fazer”, diz.
Influência musical
Com discos de vinil tocados em sua casa desde criança, a artista se descobriu DJ há 15 anos graças a um ex-namorado que a apresentou aos pick-ups.
Pathy tocou no Festival Turá, em São Paulo, no sábado (02), com um repertório cheio de brasilidades. A artista não costuma definir seu set com antecedência. “Tenho uma lista com 200, 300 músicas. Eu gosto de sentir o ambiente e decidir o que vou tocar na hora”, contou no camarim do evento.
Com um look todo laranja, a DJ dedicou “A Menina Dança”, dos Novos Baianos, ao seu filho. A criança, muito ligada à música assim como a mãe e os avós, pediu para Pathy tocar essa canção no show.
“Tenho uma playlist no celular só com músicas que ele gosta”, contou, antes de mostrar a playlist do filho cheia de Gilberto Gil, um de seus artistas prediletos. “O Rakim é uma criança de três anos que escuta toca-discos. Tem adulto que nunca viu um!”