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Alex Hanazaki
Alex Hanazaki. Foto: Divulgação/Leo Martins

Na arquitetura paisagística brasileira, Alex Hanazaki é considerado um verdadeiro tesouro nacional. Embora tenha se formado em Arquitetura pela Universidade de Marília, sua verdadeira vocação se revela no paisagismo, mas também bebe da outra fonte. Nascido em Presidente Prudente, interior de São Paulo, ele cria projetos emocionais infundidos com influências cosmopolitas. Seus projetos autorais devem muito às obras e contribuições de Roberto Burle Marx e aos traços do artista Frans Krajcberg.

Seu trabalho celebra a natureza, traduzindo-a em paisagens modernas, minimalistas e puristas. Com 15 anos de carreira, Hanazaki lidera um escritório em São Paulo, onde seu perfeccionismo se reflete em cada projeto, supervisionando sua implementação com uma equipe multidisciplinar. Para ele, “paisagismo é qualidade de vida, melhorando a experiência das pessoas em seus espaços”. Seu reconhecimento inclui o Prêmio Professional Awards da ASLA em 2014 e 2017, destacando-o como um dos principais nomes do paisagismo moderno no Brasil e no mundo.

Alex Hanazaki. Foto: Divulgação/Leo Martins
Alex Hanazaki. Foto: Divulgação/Leo Martins

Como você define seu trabalho?

“Geralmente, sigo uma abordagem mais contemporânea e minimalista em meus projetos, mas o ponto de partida é sempre compreender profundamente os desejos e necessidades dos clientes, bem como o estilo arquitetônico com o qual estou trabalhando. Valorizar a arquitetura, empregando linhas limpas e formas geométricas para estabelecer composições visuais equilibradas. Como também tenho formação em arquitetura, uso esse conhecimento para enriquecer as áreas que intervenho, considerando que a vegetação é mais do que um complemento, é uma parte intrínseca do meu trabalho. Além disso, busco criar uma estética que transmita serenidade e uma conexão autêntica com a natureza e seu entorno, muitas vezes explorando contrastes sutis para gerar uma atmosfera verdadeiramente única. Resumindo, meu estilo é caracterizado pelo minimalismo e pela integração cuidadosa de elementos naturais, visando criar ambientes paisagísticos que transcendam a mera estética, com o objetivo de proporcionar experiências profundas e duradouras.”

Projeto RAF GARDEN em Bragança Paulista – SP

Em conjunto com a arquiteta Ana Maria Vieira Santos, a residência originalmente concebida para venda carecia de um estilo definido e de personalidade específica. No entanto, ao ser adquirida pelos novos proprietários, eles apresentaram um briefing detalhado para o projeto paisagístico. Eles desejavam um jardim com diversas texturas, flores durante todas as épocas do ano, áreas de descanso e encontros com amigos, além de um pedido muito específico: um bar molhado, que tinha grande importância para o proprietário. O projeto antes de Alex Hanazaki:

“No projeto, nós decidimos remodelar por completo a piscina já existente, optando por aumentar seu tamanho e integrá-la de forma harmônica à residência de campo. No pedido do bar molhado, nossa abordagem foi pautada pelo minimalismo, buscando evitar qualquer interferência negativa na paisagem circundante e evitando qualquer vestígio da estética associada aos “bares molhados dos anos 80″. A piscina agora se estende praticamente por toda a extensão dos fundos da propriedade, tornando-se o ponto central da casa. Além disso, ela presenteia os usuários com uma vista espetacular do campo de golfe adjacente, proporcionando uma experiência única e agradável a todos que aproveitam esse espaço”, explica. Confira o resultado:

Fotos: Yuri Seródio

Onde encontra inspiração?

“Sou extremamente curioso, além de nunca ficar preso a nenhum estilo. Então, em tudo que vejo busco guardar referência para meus trabalhos, desde viagens, onde procuro ficar em vários hotéis e conhecer as diversas experiências, estilos e gostos, até pratos de restaurantes, quando uma bela apresentação me inspira a criar um novo projeto. Gosto do que é belo, então uma linha clássica, extravagante ou minimalista pode ser igualmente bela, desde que feita com bom gosto, proporção e acertos. Não acredito que exista um estilo feio, mas acredito que exista sim o mal feito.”

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