Um dos principais assuntos do noticiário esportivo desse fim de semana, a compra de 90% do Cruzeiro por Ronaldo, anunciada no sábado, surpreendeu muita gente, e até mesmo aqueles que não acompanham de perto os bastidores do mundo do futebol. Realizado por estimados R$ 400 milhões, o negócio deixou claro um lado nem tão conhecido assim do Fenômeno: seu bom tino empresarial, caso raro no mundo dos futebolistas, diga-se de passagem.
Dono de uma fortuna estimada em US$ 160 milhões (R$ 912,3 milhões), Ronaldo está longe de ser tão rico quanto seu xará mais famoso nos gramados – Cristiano Ronaldo, cujo patrimônio é de US$ 500 milhões (R$ 2,85 bilhões). Mas, ao contrário do português, o craque brasileiro aposentado tem chances de se tornar bilionário em dólares caso seu plano para o futuro do Cruzeiro vingue como muitos apostam que será o caso.
Isso o tornaria o primeiro jogador de futebol a entrar no clube dos dez dígitos pelos parâmetros da moeda americana, o que não é pouca coisa. Vale lembrar que Ronaldo é uma das poucas celebridades brasileiras que até hoje figuraram na lista das 100 mais bem pagas do mundo – em 1999, com ganhos estimados em US$ 19 milhões (R$ 108,3 milhões) naquele ano, ou cerca de US$ 32 milhões (R$ 182,5 milhões) em valores atualizados pela inflação.
Voltando à compra do Cruzeiro, o primeiro grande time pelo qual Ronaldo jogou (entre 1993 e 1994), é bem pouco provável que os R$ 400 milhões da transação tenham saído integralmente do bolso do ex-jogador, que é amigo íntimo de vários bilionários brasileiros, os quais possivelmente lhe emprestaram dinheiro para que sua nova fase como cartola se tornasse realidade.
Ronaldo sempre soube administrar muito bem seus ganhos, e o que juntou ao longo dos anos é mais fruto de seus negócios fora do esporte do que de sua fase como artilheiro. Consta que ele também sempre se interessou pela administração do Real Madrid e do Barcelona, respectivamente os dois times de futebol mais valiosos do mundo (com valores estimados em € 1,27 bilhão/R$ 8,2 bilhões para “Los Merengues” e € 1,26 bilhão/R$ 8,14 bilhões para o Barça), e nos quais atuou entre 1996 e 1997, e 2002 e 2007, respectivamente.
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