O mais declaradamente bolsonarista entre os grandes empresários brasileiros, Luciano Hang comentou, em conversa exclusiva com o GLMRM na noite desse domingo pelo WhatsApp, os números das últimas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais do próximo ano (dos institutos Ipec e Datafolha, divulgadas nas últimas quarta e quinta-feiras, respectivamente) que mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em larga vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL), o atual presidente do Brasil e candidato à reeleição. “Como dizia Winston Churchill, só confio em pesquisas que eu mesmo faço”, disse o dono da rede de lojas de departamento Havan, cuja fortuna é estimada em US$ 3,1 bilhões (R$ 17,7 bilhões) pela Forbes. “Ando nas ruas por todo o país e não vejo (o reflexo) desses resultados”, emendou o bilionário de 59 anos.
Hang, no entanto, se mostrou cauteloso ao dizer também que “ainda falta muita água para passar embaixo da ponte”, e em seguida se declarou um “otimista por natureza”. “Não posso acreditar que uma desgraça dessa (o eventual retorno de Lula ao poder) possa acontecer com o nosso Brasil. Os anos do PT no governo resultaram na destruição da economia, em corrupção, incompetência, fechamentos de empresas e 15 milhões de desempregados entre 2015 e 2016. Se Deus realmente é brasileiro, não deixará que isso aconteça”, apostou o mega-empresário.
No último pleito presidencial brasileiro, em 2018, Hang rendeu manchetes ao prometer deixar o Brasil caso o candidato do PT naquela ocasião, Fernando Haddad, levasse a melhor sobre Bolsonaro no segundo turno. Este ano, no entanto, o catarinense de Brusque se limitou a dizer em seu bate papo com o GLMRM que a Havan ainda não tem um plano de investimentos traçado para 2023, deixando claro que vai esperar o resultado da próxima corrida pelo Planalto para pensar nisso. “Caso realmente a esquerda vença em nosso país, irei rever todos os nossos investimentos. Não serei o último a apagar a luz. Que Deus tenha piedade de nós”, Hang, que também cogita concorrer ao Senado em 2022, concluiu.