A compra do catálogo de singles completo de Justin Timberlake pela firma de investimentos britânica Hipgnosis Songs Capital, que também detém os catálogos de Kenny Chesney e Leonardo Cohen, certamente foi um dos maiores negócios do ano no mundo da música corporativo, e também foi o maior negócio já fechado pelo cantor até hoje.
O único porém é que Timberlake mantinha seu acervo musical registrado em seu nome, como pessoa física, e por conta disso possivelmente terá que pagar 37% sobre os US$ 100 milhões (R$ 478 milhões) – ou US$ 37 milhões (R$ 176,8 milhões) – que está para receber da Hipgnosis, sendo essa cifra referente ao imposto de renda sobre ganhos pessoais cobrado nos Estados Unidos.
Tivesse Timberlake mantido suas músicas em posse de uma produtora registrada sob um equivalente a um CNPF no país, como fizeram outros de seus colegas que também venderam suas respectivas discografias recentemente e nos mesmos termos que o Pink Floyd negocia fazer, a mordida do leão americano sobre a bolada que ele recebeu seria de 15%, que no caso é a porcentagem cobrada nos EUA sobre capitais de ganho de empresas.
O marido de Jessica Biel até manteve durante seis anos uma produtora em sociedade com a Interscope Records, a Tennman Records, que foi descontinuada em 2013 por opção de ambas as partes. De qualquer forma, o ex-líder da boy band NSYNC não tem muito do que reclamar, considerado que sua fortuna deverá superar os US$ 300 milhões (R$ 1,4 bilhão) tão logo a transação com a Hipgnosis for finalizada — e mesmo depois da provável taxação de quase 40% da IRF, a Receita americana, sobre o acerto dele a companhia investidora do Reino Unido.