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Príncipe Charles
Foto: Dan Marsh, via Wikimedia Commons

Talvez uma das maiores vantagens da monarquia do Reino Unido que, passados 1200 anos desde sua fundação por Alfred, O Grande, ainda segue firme e esbanja uma estrutura pra lá de enxuta seja a praticidade das eventuais mudanças em sua hierarquia: resumindo bem, basta que “alguém de cima” morra para que “alguém de baixo” suba para mais perto da ponta da pirâmide real britânica.

E por conta da morte de Elizabeth II nesta quinta-feira, aos 96 anos, uma dessas danças das cadeiras se fez bastante visível nas últimas 24 horas. E não apenas em razão de a falecida chefe da Casa Real de Windsor que, daqui pra frente, deve ser tratada como “rainha reinante”, ter automaticamente “entregado” a Coroa para seu primogênito. Mas sobretudo diante das novas mudanças hierárquicas não tão importantes como essa troca de poderes entre rainha posta e seu sucessor natural que, possivelmente, será a única que testemunhamos em nossas vidas.

Herdeiro aparente de Charles, o príncipe William já carrega alguns dos títulos mais importantes do novo monarca britânico que sucedeu sua avó: o de duque da Carnualha. Junto com a mulher, Kate Middleton, os futuros rei e rainha consorte agora atendem por duque e duquesa de Cambridge e da Cornualha.

Wills, aliás, deverá receber um outro título – o mais importante de sua vida depois do régio que um dia terá – que é o de príncipe de Gales. Esse lhe será dado em uma cerimônia de investidura formal a ser realizada no Castelo de Caernarfon, no País de Gales, ocasião em que Kate também será tornada princesa de Gales.

Irmão de William, o príncipe Harry não subiu e nem desceu de cargo com a ascensão ao trono de Charles, mas há boatos correndo nas altas rodas britânicas segundo os quais o marido de Meghan Markle poderá receber, eventualmente, algum pariato para não torná-lo apenas um “pobre filho plebeu” de um soberano, que trocou a vida de servir seus conterrâneos para morar na ensolada Califórnia, nos Estados Unidos.

‘Deus salve o Duque!’

A propósito, o novo morador do Palácio de Buckingham agora também é o novo duque de Lancaster. Esse é um território ducal histórico, criado em 1351 e extinto em 1413, logo no começo do reinado de Henry V, tornando-se uma espécie de holding que ainda existe, tem ativos de US$ 652,8 milhões (R$ 3,7 bilhões) e responde pela grande maioria dos bens imobiliários dos monarcas britânicos, administrados à parte das Joias da Coroa.

Com sede no Castelo de Lancaster, que fica na cidade de mesmo nome no nordeste da Inglaterra, Lancaster é uma espécie de “estado particular”, e um ducado com quase 53 mil habitantes no qual Sua Majestade sempre será tratado por duque, até mesmo no hino nacional, que seus locais a partir de agora cantam “Deus Salve O ‘Duque’, Vida Longa Ao Duque'”.

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