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Carpinejar
Foto: Beatriz Reys

Quem leu os escritos de Fabrício Carpinejar ou escutou suas conversas, com certeza já se perguntou: de onde vem todo o borogodó do escritor gaúcho, que fala de amor como poucos e, apesar de não ter o estereótipo de Don Juan e nem estar dentro dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade, conquista corações e arranca suspiros por onde passa.

Além de uma infinidade de lindos textos de amor, seu tema favorito, com frequência eternizados em prosaicos guardanapos de restaurante e botecos, Carpinejar, de 49 anos, não é um romântico convencional. Talvez essa seja a primeira pista de seu encanto. Poderia ser chamado de filósofo moderno. Mas, prefere manter o mistério.

“Não se faz autopropaganda (risos). Sou uma pessoa casada, fiel e leal. Pareceria que estou me vendendo. Já fui comprado”, despista o poeta e escritor, que tem 50 livros publicados.

Em seu escritório, na casa onde vive com a mulher, a advogada Beatriz Reys, em Belo Horizonte, Carpinejar acumula pilhas e pilhas de guardanapos de papel, suporte para uma série de poemas manuscritos, com canetinhas coloridas. “Escrevo um por dia, todas as manhãs, há mais de uma década”, conta, em papo com a revista J.P.

O sucesso de frases como “paixão é dividir o mundo. Amor é dividir a casa” e “Quem aceita tudo, sempre fica com nada” é medido pela repercussão: muitas delas viraram quadrinhos emoldurados e até tatuagens.

Pai de Mariana, 28, e Vicente, 20 anos, Carpinejar revelou em entrevista recente que a escrita o salvou – “Quando eu tinha 7 anos, recebi o diagnóstico de retardo mental e minha mãe tirou licença de dois meses do trabalho e me alfabetizou em casa. Ela me ensinou a ler e escrever brincando. Eu não falava, tinha problemas de dicção, sofria muito bullying. Foi escrevendo que me encontrei e moldei minha personalidade” – e contrariando todos os prognósticos, se tornou uma espécie de conselheiro amoroso nas redes sociais.

Ele responde semanalmente dúvidas de internautas apaixonados em seu perfil no Instagram, na seção “Querida leitora” e, ao vivo, na live apelidada de “Procon do Amor”, toda terça-feira. “Não consigo deixar ninguém sofrendo sozinho. Amor sincero é um direito do consumidor.” Por essas e outras, decidimos nos aprofundar um pouco mais nesse fenômeno pop chamado Fabrício Carpinejar.

A reportagem completa está na edição 177 da JP, já nas bancas.

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