Hollywood já produziu vários filmes sobre esquemas Ponzi, também conhecidos como esquemas de pirâmide, um tipo de ação fraudulenta que em geral deixa centenas ou até milhares de pessoas no vermelho. Mas, talvez pela primeira vez na meca do cinema, um profissional de lá foi condenado por orquestrar um desses esquemas. O criminoso em questão é Zachary Horwitz, que costumava atuar em filmes de terror de segunda categoria com o nome artítsitico de Zach Avery.
Nas horas vagas, Horwitz, de 35 anos, se passava por produtor executivo de sucesso e, com isso, conseguiu convencer várias pessoas e empresas a investirem cerca de US$ 650 milhões (US$ 3,35 bilhões) em projetos cinematográficos que nunca pretendeu tirar do papel.
Sempre usando documentos falsos, mas bastante convincentes, ele conseguiu engangar gigantes como a HBO e a Netflix a investirem em alguns desses projetos, e por fim usava o dinheiro que levantava aplicando golpes para manter seu caro estilo de vida.
Entre outras coisas, Horwitz morava em uma luxuosa mansão de US$ 5,7 milhões (R$ 29,4 milhões) em Los Angeles, dirigia carros esportivos de lido, só viajava em aviões fretados e ainda mantinha em casa uma adega com alguns dos vinhos mais caros do mundo.
Descoberto no ano passado por uma investigação feita pela Comissão de Segurança e Câmbio dos Estados Unidos, o golpista hollywoodiano foi preso e agora acaba de ser condenado a 20 anos de prisão, além de ter que pagar uma multa de US$ 230 milhões (R$ 1,19 bilhão) para as suas mais de 250 vítimas.
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