Condenada na última segunda-feira por um júri federal composto por quatro mulheres e oito homens, e pelos crimes de fraude e conspiração para fraudar investidores, Elizabeth Holmes – a “ex-queridinha” do Vale do Silício que não faz muito tempo era comparada a Steve Jobs – provavelmente vai cumprir sua sentença, que ainda será anunciada, em uma prisão de baixa segurança em Dublin, uma cidadezinha com pouco mais de 61 mil habitantes que fica no interior da Califórnia.
A penitenciária feminina de lá é considerada uma das “melhores” dos Estados Unidos, e foi o mesmo local onde as atrizes Felicity Huffman e Lori Loughlin cumpriram suas respectivas penas por tentar fraudar a entrada de suas herdeiras em universidades prestigiadas.
Conhecida como FCI Dublin, a Federal Correctional Instituition (Instituição de Correção Federal, em tradução livre), foi construída em 1974, abriga atualmente 726 presas e tem espaços que pouco lembram o de uma prisão, como campo de tênis e jardins com flores.
Também foi lá que Patty Hearst, a herdeira do clã de magnatas da mídia, cumpriu uma sentença e sete anos por participar de um assalto a roubo no começo dos anos 1970 (ela foi condenada a 35 anos, mas teve sua pena amenizada por Jimmy Carter e mais tarde recebeu o perdão presidencial de Bill Clinton).
Fundadora da extinta Theranos, uma empresa que prometia testes de doenças baratos e imediatos, Holmes, que chegou a ter a fortuna estimada em US$ 4,5 bilhões (R$ 25,6 bilhões) começou a cair quando se descobriu que a companhia não tinha a menor ideia do que fazia. O prejuízo causado aos investidores foi de mais de US$ 700 milhões (R$ 3,98 bilhões). Sua história trágica deverá ser contada em um filme estrelado por Jennifer Lawrence.
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