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Paris está cada dia mais caótica com a aproximação da abertura dos Jogos Olímpicos: ruas fechadas, trânsito parado, metrô lotado, barulho de britadeiras por todos os lados. A insegurança sobre o que pode acontecer cresce, enquanto os preços continuam a subir, com o bilhete de metrô duplicando de valor. Em meio a esse tumulto, buscamos refúgio na arte, seja ela como for. Aqui estão algumas das nossas sugestões.

 

Imagens repletas de emoção

No subsolo da Fundação Henri Cartier-Bresson, em paralelo à exposição dedicada ao famoso fotógrafo americano Weegee, Alessandra Sanguinetti apresenta, desde janeiro, seu projeto mais célebre até o momento: As Aventuras de Guille e Belinda. Esta série de longa duração começou em 1999, quando Sanguinetti conheceu Guillermina Aranciaga e Belinda Stutz, duas jovens primas criadas em uma família de meeiros. Suas personalidades a fascinaram de imediato, destacando-se ainda mais em um ambiente rural predominantemente masculino. Desde então, a fotógrafa americana acompanha regularmente essas duas jovens, que se tornaram adolescentes e, depois, mulheres, retratando-as em imagens repletas de humor e ternura.

 

A artista que iluminou a cerimônia de abertura do Festival de Cannes

Zaho de Sagazan é difícil de definir, sendo um verdadeiro fenômeno na nova cena da música francesa. Uma presença que conquista tudo em seu caminho: dos festivais mais prestigiados ao Zénith de Paris em março de 2024, exatamente um ano após o lançamento de seu primeiro álbum, La Symphonie des Éclairs. É de se perguntar como alguém poderia ter ignorado esse fenômeno ao longo do último ano. Originária de Saint-Nazaire, Zaho de Sagazan cresceu em uma casa onde o barulho era constante. Mais especificamente, os gritos dela e de suas quatro irmãs eram onipresentes. Filhas de pais artistas, elas viviam com uma liberdade rara, onde todas as explorações eram permitidas, do piano à dança, passando pelo canto e pela escultura.

 

Um izakaya japonês

Fruto da paixão de três entusiastas pelo Japão, o Onii San reinterpreta um ícone da cultura nipônica: o izakaya. Uma espécie de boteco, ele é para o país do Sol Nascente o que os bistrôs populares são para a cozinha francesa. Convivialidade, simplicidade e descontração são as marcas registradas, em perfeito contraponto às mesas sóbrias e refinadas que povoam o imaginário da gastronomia japonesa. Com o este restaurante, Arthur Cohen, Olivier Léone e Isaac Romero elevam os valores do izakaya a um nível sofisticado. Sem esquecer sua proposta inicial, o restaurante, através do cardápio e da decoração, busca despertar a curiosidade dos amantes do belo. Uma escolha natural para uma equipe experiente nos códigos do esteticismo, composta pelo co-criador da marca de sapatos Nodaleto (Olivier), pelo ex-chef do Holiday Café (Isaac) e também por uma subchefe que trabalhou no Abri-Soba (Risa Ichimaru).

 

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