A lenda urbana que perseguiu gerações pode ter finalmente encontrado seu desfecho. Cientistas do Departamento de Medicina da Universidade do Texas, após extensas pesquisas que levaram mais de 15 anos, alegam ter descoberto o antídoto para a tão temida ressaca. A pesquisa, liderada pelo médico americano Steven Kliewer, focou no hormônio FGF21, produzido pelo fígado. Este hormônio já era conhecido por sua capacidade de processar certos alimentos e, especificamente, o álcool. A equipe de cientistas conseguiu rapidamente tornar ratos embriagados sóbrios, aumentando os níveis deste hormônio, abrindo assim a porta para potenciais tratamentos de embriaguez em humanos. Enquanto isso, a indústria de bebidas alcoólicas se vê diante de um paradoxo: o que a princípio poderia ser uma ameaça, pode, na verdade, ser sua próxima grande oportunidade.
É que o mercado global de bebidas com baixo ou nenhum teor alcoólico, conforme um relatório recente da InsightAce Analytic movimentou, US$ 23,4 bilhões (R$ 113,9 bilhões) em 2022, com previsões de alcançar US$ 68,9 bilhões (R$ 335,5 bilhões) até 2030. Ou seja, essa cura para a ressaca não é apenas um marco para os entusiastas da bebida; ela também poderia ser uma via rápida para a indústria de bebidas alcoólicas, abrindo novas oportunidades e fortalecendo mercados emergentes como as bebidas com baixo ou nenhum teor alcoólico.
Historicamente, o álcool sempre ocupou um lugar especial no universo da moda e das festas de todos os tipos e para todos os gostos. Os coquetéis refinados e as taças de champanhe se tornaram símbolos da alta sociedade, mas junto com eles, a inevitável ressaca sempre foi uma companheira indesejada do dia seguinte.
Por outro lado, vale ressaltar a importância da moderação e da conscientização sobre os efeitos do consumo excessivo de álcool. Segundo Kliewer, o objetivo da pesquisa é “beneficiar a humanidade” e poderia até ser usado em salas de emergência para tratar intoxicações alcoólicas agudas. Mesmo com a promessa de uma manhã livre de ressaca, os riscos associados ao consumo em excesso permanecem e devem ser levados em consideração.
Em meio a esse cenário revolucionário, uma coisa é certa: a relação das festas glamurosas com o álcool está prestes a mudar. E, para as entusiastas da cena fashion e das festas mais badaladas, isso pode significar o início de uma era ainda mais dourada. Cheers!
- Neste artigo:
- Anderson Antunes,
- baladas,
- bebidas,
- bebidas não-alcoólicas,
- cientistas,
- colunistas,
- ColunistasGLMRM,
- cura,
- descoberta,
- festas,
- FGF21,
- hormônio,
- mercado,
- pesquisa,
- ressaca,
- universidade do texas,