Um dos maiores ícones da moda de todos os tempos, Hubert de Givenchy, que morreu aos 91 anos em 2018, terá seu nome mencionado aos montes nas manchetes nessa semana. É que a Christie’s de Paris marcou para a próxima quinta-feira (23) uma venda no martelo da coleção de obras de arte deixada pelo estilista, amante de quadros e afins, para seu viúvo, Philippe Venet, morto no ano passado.
Algumas peças permaneceram em exibição para o público na galeria da casa de leilões na capital da França, durante uma semana e até essa última sexta-feira. São mais de 1,2 mil, incluindo óleos sobre tela, esculturas e mobiliário do século 18.
Algumas obras são assinadas por nomes como Pablo Picasso, Alberto Giacometti e Joan Miró, e todas faziam parte da decoração das duas residências principais de Givenchy: seu apartamento em Paris e seu refúgio particular no norte da França, o Château du Jonchet, pelo qual o fundador da maison que leva seu nome recebeu uma oferta de compra do tipo irrecusável no começo dos anos 1960 feita pelo armador grego Aristóteles Onassis e sua então namorada, Maria Callas, e para a qual disse “não, obrigado”.
Tombada como um monumento histórico francês em 1984, a propriedade abrigava a maior parte dos itens colecionados por Givenchy praticamente desde o começo de sua carreira, em 1952. Apesar de não ser tão valiosa quanto as coleções de Yves Saint Laurent e Karl Lagerfeld, que também foram leiloadas depois das mortes dos dois estilistas, a de Givenchy está longe de ser pouca coisa.
A Christie’s espera arrecadar pelo menos US$ 52 milhões (R$ 267,5 milhões) com sua venda que promete ser disputada e certamente dará o que falar no mundo artsy.