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Casamento
Foto: Reprodução/Pexels

Ah, o casamento! Quem nunca suspirou com essa ideia romântica, com um dia digno de conto de fadas e todas as tradições encantadoras? O problema surge depois do “sim”, quando a realidade apresenta um roteiro frequentemente diferente do planejado. É notório: os divórcios estão em alta, e os questionamentos sobre os casamentos da era contemporânea tornam-se inevitáveis.

A pergunta que insiste em pairar quase como confetes de um buquê recém-jogado é: o que mudou? O que acontece nos corredores da união conjugal que faz as portas dos advogados de divórcio girarem com tanta frequência?

 

Pressão, Festa e… Culpa?

Conhecemos bem a pressão social. Aquela que surge quando se atinge uma determinada idade ou marco no relacionamento e, de repente, todos parecem esperar pelo convite de casamento. Nesse contexto, em meio à expectativa social e ao encantamento com a ideia de uma festa mágica, muitos se lançam sem hesitação ao matrimônio. Contudo, é fundamental se questionar: é amor ou apenas a sedução de um momento breve de celebração?

Todos sabem que o casamento não é uma jornada fácil. Exige amor, parceria e, acima de tudo, vontade de ambas as partes em permanecer juntos. Desistir na primeira “dor de barriga” é um sinal de fraqueza.

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Desistindo na Primeira Curva

Tem sido surpreendente a rapidez com que muitos casais decidem desistir. A resiliência, essa capacidade de superar adversidades, parece ter se tornado rara nos votos matrimoniais. Casamentos são, por natureza, complexos e desafiadores. Mas será que a cultura do “descartável” e da gratificação imediata se infiltrou a ponto de, diante do primeiro desafio, a opção ser a desistência?

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Rumo ao Futuro: Como Casamos daqui pra Frente?

Não estou aqui para apontar dedos ou julgar decisões pessoais. Cada história é única. Mas, diante dos números e tendências, é vital refletir sobre nossa abordagem do casamento na sociedade atual.

Que tal repensarmos nossa visão sobre o casamento? Valorizar o compromisso, promover o entendimento mútuo e, sobretudo, entender o que realmente significa compartilhar uma vida podem ser passos cruciais para uma nova narrativa. Afinal, antes e depois do “sim” há uma vida repleta de altos e baixos.

É essencial que valorizemos a jornada mais do que o começo, e que a compreensão sobre o casamento seja tão celebrada quanto a cerimônia em si.

Antes de casar é vital reconhecer o amor que sentimos, aceitar os defeitos nossos e do parceiro, e avaliar a compatibilidade emocional. A convivência no namoro é diferente; no casamento não há escapatória.

Após o casamento é preciso “regar a plantinha” diariamente, dedicar tempo de qualidade e não permitir que a chama se apague.

A admiração mútua é um dos pilares de casamentos bem-sucedidos. Alguns acreditam que, após casar, podem relaxar, parar de se cuidar e cuidar da relação. Muitos casais mudam seus hábitos, distanciando-se do romance e se aproximando de uma relação mais fraternal.

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Uma União Verdadeira

Em meio a todas essas reflexões é importante lembrar que o casamento, quando vivido com a pessoa certa, transcende todas as adversidades. Ele se torna uma parceria de amor, respeito inabalável e uma vontade de, ao fim do dia, voltar para casa e compartilhar momentos juntos. É uma jornada na qual dois indivíduos formam um time; onde não há competição, apenas apoio mútuo, torcendo um pelo outro e enfrentando o mundo lado a lado, tornando essa trajetória da vida mais leve e feliz. A magia do casamento não está apenas na cerimônia ou nos votos, mas no dia a dia, nos pequenos gestos e na constante renovação do compromisso mútuo. Porque, no final das contas, casar-se com alguém que verdadeiramente amamos torna a experiência do casamento algo genuinamente maravilhoso e recompensador.

 

Paloma Silveira Baumgart
Educadora parental, com certificação pela Positive Discipline Association (PDA), mãe do Otto, da Olivia e da Heidi. Especialista em primeira infância, pelo Instituto Singularidades, e Psicologia Positiva, pela PUC RS, tendo participado do Programa de Liderança Executiva sobre Primeira Infância da Universidade de Harvard em 2019. Atuo em parceria com empresas e organizações sociais na formação de pais e educadores na temática de Primeira Infância. Sempre amei crianças e consequentemente sonhava com a maternidade e hoje é o tema da minha atuação profissional! Desde criança me via encantada pelos bebês da família, queria cuidar e aprender sobre eles. Mas foi com 29 anos que entrei profundamente neste universo, engravidei de gêmeos! E me encontrei nessa grande vocação e propósito: acolher, ensinar, e cuidar de crianças. Me senti poderosa quando meus filhos nasceram… como se nada superficial mais tivesse tanta importância! Desde então me dedico a cada vez mais estudar e aprender sobre a temática.

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