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Wall Street
Reprodução/Unsplash

Geralmente um dos primeiros sinais de crise, um dos maiores bancos de Wall Street se prepara para dar início a um plano de demissão em massa com dezenas de milhares de cortes, e em todos os seus escritórios mundo afora – o que inclui o da rua Leopoldo Couto Magalhães Júnior, no Itaim Bibi. Há indícios de que a instituição financeira planeja reduzir em até 10% sua folha de pagamentos global, que de acordo com seu último balanço incluía 81.567 empregados.

As áreas mais afetadas serão as de fusões e aquisições, que simplesmente desaceleraram nos primeiros seis meses do ano, provavelmente em razão de muitos investidores preferirem esperar os desdobramentos da política monetário nos Estados Unidos e o que está por vir com certos governos de países emergentes, destacadamente o Brasil.

O setores de tecnologia, antes os queridinhos dos bancos de investimentos, também sofreram cortes. Longe de estar em crise, o Morgan Stanley tem capitalização na casa dos US$ 151,8 bilhões (R$ 818,2 bilhões), faturou US$ 59,8 bilhões (R$ 322,3 bilhões) em 2021 e lucrou US$ 15 bilhões (R$ 81,4 bilhões) no mesmo, sem falar que está sendo em quase US$ 6,5 trilhões (R$ 35 trilhões) em ativos sob gestão, o equivalente a mais de quatro vezes o PIB do Brasil no ano passado.

É que bancos desse porte, muito antes da tempestade, já buscam se abrigar das águas fortes que cairão do céu quando o tempo ainda está claro, a fim de serem os primeiros a receberem a pompa com a oliveira no bico quando o dilúvio passar.

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