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Jay-z
Foto: Mike Marsland/WireImage/ Getty Images

Entre as várias descrições que 2022 vai ganhar assim que acabar, uma delas é a de que foi o “ano das estrelas’. E, como nesse caso é das de Hollywood que estamos falando, talvez a de “ano de cifras estelares” trocando de bolso na meca do showbiz também lhe seja dada. E são os dólares que por lá já fizeram morada que evidenciam isso, de acordo com um levantamento da revista americana “Forbes” que diz que as 25 celebridades mais bem pagas ao longo de seus quase doze meses completados levaram para casa a soma combinada de US$ 4,4 bilhões (cerca de R$ 24 bilhões) – um recorde histórico que equivale exatamente ao dobro do montante combinado que as 25 celebs mais bem pagas do mesmo período anterior faturaram.

A mais bem paga de todas, por exemplo, foi o diretor Peter Jackson, da trilogia “O Senhor dos Anéis”, que embolsou nada menos que US$ 580 milhões em dinheiro
e de uma vez só ao vender uma fatia de sua produtora de efeitos especiais, a Weta Digital, para a gigante tech dos Estados Unidos Unity Software. O negócio deu à Weta um valor de mercado de US$ 1,6 bilhão, e tornou Jackson o quinto cineasta bilionário do mundo (os outros são, por ordem de riqueza, George Lucas, Steven Spielberg e os irmãos brasileiros Walther Salles e João Moreira Salles).

Vice-líder no ranking dos megastars mais assalariados, Bruce Springsteen também não fez muito esforço pelos US$ 435 milhões que ganhou depois de vender seu catálogo musical completo para a Sony Music por estimados US$ 500 milhões. Logo em seguida, com a medalha de bronze, aparece Jay-Z, que tem no currículo a distinção de ter sido o primeiro rapper a entrar para o clube dos dez dígitos, com seus US$ 340 milhões faturados mais pelas vendas de participações em seu serviço de streaming, o Tidal, e sua marca de champanhe, a Armand de Brignac, do que pelos royalties de seus hits de hip hop.

A quarta posição é de Dwayne “The Rock” Johnson, cujos US$ 270 milhões em cachês recebidos e participações nas bilheterias de seus filmes o tornaram o astro
da telona mais bem pago da história. Mas também entram nessa bolada muitos dos benjamins que o ex-lutador conseguiu lucrar com sua marca de tequila, a Teremana. E também está acima dos US$ 235 milhões que entraram na conta de Kanye West, em razão de sua bem-sucedida e agora extinta parceria com a Adidas, que fabricava os sneakers Yeezy assinados pelo ex-marido de Kim Kardashian. Sempre polêmico e dono de uma língua ferina, West pode ter sido cancelado de vez quando fez comentários antissemitas no Twitter, ultrapassando uma das linhas que ninguém pode cruzar em terreno hollywoodiano.

O Top é composto ainda por Trey Parker e Matt Stone, os criadores de “South Park”, que graças ao sucesso do desenho animado proibido para menores ganham uns US$ 80 milhões anuais pela venda dos direitos de exibição da produção, comprados em agosto pelo Paramount+ por US$ 900 milhões em troca da exclusividade de sua exibição pelos próximos seis anos. O negócio rendeu a Parker e Stone, que já estão praticamente aposentados, US$ 210 milhões.

Paul Simon, outro músico que vendeu seu catálogo musical recentemente, é o sétimo, com ganhos de US$ 200 milhões e à frente de Tyler Perry e sua última renda anual de US$ 165 milhões, aí incluídos sua remuneração multimilionária que o diretor e produtor de filmes recebe do canal americano BET, voltado ao público negro dos EUA, e os valores referentes a um mega-estúdio que o intérprete de Madea tem em Atlanta e aluga para terceiros, além de também ser o lugar onde suas produções são gravadas. Ryan Tedder, o nono na lista, e Bod Dylan, o décimo, ambos entraram nela pelo mesmo motivo, tal como Simon e Springsteen, sendo este a venda de seus respectivos catálogos musicais em transações que renderam a cada um US$ 160 milhões e US$ 130 milhões.

Toda essa movimentação financeira com certeza serve para dar a 2022 uma outra classificação: a de “o ano em que ficou provado que o streaming não acabaria com a indústrias televisiva, cinematográfica e musical dos EUA. Muito pelo contrário, já que apenas nos últimos dois anos os gigantes do VoD pagaram exorbitantes US$ 3,7 bilhões para garantir os direitos exclusivos de atrações icônicas como “Friends” e “Law & Order”. Esse final com certeza foi mais do que feliz pra muita gente da chamada “fábrica de sonhos”, e um lugar no qual o “show me the money” eternizado por Tom Cruise em “Jerry Maguire” é levado a sério e equivale a um MBA.

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