O sobe e desce das fortunas dos bilionários, principalmente aqueles que possuem participações em empresas com ações negociadas nas bolsas, parece até meio “cruel” de vez quando. Tome-se como exemplo o cardiologista carioca Jorge Neval Moll Filho, fundador da Rede D’Or, que terminou essa quarta-feira como a pessoa que mais enriqueceu nos mercados de capitais internacionais – a fortuna dele saltou quase US$ 900 milhões (R$ 4,6 bilhões) no pregão do dia, e depois do anúncio de que a rede de hospitais comprou a seguradora SulAmérica – mas nessa quinta-feira já “perdeu” US$ 1 bilhão (R$ 5,1 bilhões) por causa da queda de quase 9% da ação da Rede D’Or negociada no Ibovespa.
Os motivos do mal humor dos investidores com a Rede D’Or no momento são vários, mas o principal é que mais detalhes da transação surgiram depois da compra da SulAmérica, como o fato de que sua nova dona precisará diluir seu capital com a emissão de 307,7 milhões de novas ações, efetivamente reduzindo o valor de seu papel do atual R$ 50,49 para aproximadamente R$ 42,60.
Moll, no entanto, não tem muitos motivos para se preocupar, já que provavelmente deve ter sido informado previamente de que a capitalização da Rede D’Or na bolsa, de mais de R$ 100,7 bilhões mesmo depois de seu derretimento dessa quinta, sofreria algo do tipo. Além do fato de que, mesmo apesar dessas perdas e ganhos que envolvem cifras multimilionárias, ele continua sendo o quarto homem mais rico do Brasil, com estimados US$ 9,7 bilhões (R$ 49,9 bilhões) na conta, e tampouco tem chances de perder o título de médico mais rico do país.
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