Poucas marcas conseguem esse equilíbrio, que só é possível à custa de muito trabalho e planejamento. Olhe para grifes como Marc Jacobs, por exemplo. Tudo o que ele faz vira uma verdadeira febre global. Seus desfiles são sempre criativos ou trazem uma idéia, um humor diferente, que vão influenciar toda a esfera da moda.
Com a Prada ocorre algo parecido, só que em escala menor, afinal de contas, a Prada não tem uma linha como a Marc, que vende desde chaveiros, DVDs e gorros de 10 dólares à roupas e acessórios bacanas e mais em conta que os da linha principal. Essa sim foi uma grande jogada.
Aqui no Brasil temos como exemplo o estilista Alexandre Herchcovitch, que faz os desfiles mais autorais da temporada, mas mantém o fluxo com sua linha de jeanswear, mais em conta, e divulga o seu nome através de parcerias com empresas de grande alcance, como Zêlo e Tok&Stok.
Mas nessa temporada, grifes como Marc Jacobs, Burberry e Prada resolveram simplesmente olhar para trás, revisitar o acervo da marca e trazer algum tipo de conforto emocional aos consumidores. Marc, especialmente, mostrou, sem culpa, uma coleção ultracomercial, com peças desejáveis e que vão vender feito água. E isso não é ruim, é vital para qualquer empresa. A diferença está no olhar do designer, pois é ele quem vai fazer o supercomercial ser “simpático” aos olhos de seu fiel consumidor e da imprensa especializada.
Por Camila Yahn
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