Por Fernanda Grilo
A moda proposta pelo estilista mineiro de 53 anos é um mergulho profundo às raízes, cultura e ensinamentos sobre o Brasil. Apesar de sua busca pela memória do que fomos e o que somos, Ronaldo não se prende a estereótipos, quaisquer que sejam. Há dois anos, vive ao lado do apicultor Hoslany Fernandes, que conheceu pelo que há de mais atual: trocando mensagens pelo Instagram. Ele se separou da mulher depois de um feliz casamento de quase duas décadas e o match veio. É isso, Fraga nunca foi só um croqui.
* Matéria originalmente publicada na Revista J.P, do grupo Glamurama
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Maior loucura que já fez por amor?
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Termina um casamento feliz de quase 20 anos para seguir as batidas do coração.
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O amor em tempos de internet?
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A internet encurtou os caminhos do encontro, mas enxergar o amor nessa seara hoje nos exige muito mais.
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O que Holsany representa para você e sua vida?
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Um equilibrista de circo mambembe que me encoraja enfrentar abelhas e leões.
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Onde e quando é mais feliz?
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Numa cachoeira com o meu namorado.
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O que ninguém sabe sobre você?
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Guardo todos os meus álbuns de figurinhas colecionados na infância. De Disney até personagens da TV.
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Uma extravagância?
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Comprei dois caminhões de bolinhas brancas, que vieram de Santa Catarina, para encher uma piscina de 30 x 10 metros que foi cenário do desfile Festa no Céu na SP Fashion Week. Até hoje tem bolinhas nos cantos do prédio da Bienal.
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Uma inquietude?
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Fazer do meu ofício um verdadeiro registro do tempo que vivemos.
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Artista que todo mundo deveria conhecer?
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Bento de Sumé [escultor paraibano].
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Referência de moda?
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As estilistas Rei Kawakubo e Vivienne Westwood forever!
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Como define a moda brasileira?
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Indústria com potencial econômico e cultural gigantescos.
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O que é ser bem-sucedido?
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Manter a paixão pelo seu ofício e pagar as contas e caprichos com os frutos dele.
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Moda sem propósito é…
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Ter coleções inspiradas na Amazônia, indígenas, sustentabilidade, oceanos, liberdades… e ajudar a eleger um demônio como esse que está no poder.
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Poesia X política?
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Fazer poesia é também uma forma poderosa de se fazer política. Mas nem sempre os políticos entendem de poesia.
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Momento de mau humor?
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Com a política brasileira.
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O que você veste?
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Linho, moletom e adoro maxicamisas.
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Lugar preferido no mundo?
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Nordeste brasileiro.
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Ocupação preferida?
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Desenhar os meus cadernos de coleção.
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O que nunca falta na sua casa?
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Música brasileira, sempre.
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Um disco, um filme e um livro:
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“Mel”, de Maria Bethânia; “O Baile”, de Ettore Scola, e “Paixões Alegres”, de José Antônio de Souza.
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Mania?
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Ler três livros ao mesmo tempo.
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Vício?
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Minhas duas taças de vinho diárias.
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Não pode faltar no café da manhã?
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Um shot de água com limão e própolis.
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Pecado gastronômico?
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A comida mineira.
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Frase?
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Os homens planejam e Deus ri [provérbio iídiche].
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Sonho de infância?
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Ter a Rural [carro utilitário fabricado até os anos 1970] verde e branca do meu avô.
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O que falta realizar?
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Viver na roça, consumindo o que planto.
- Neste artigo:
- Ronaldo Fraga,